ABSTRACT Objective To examine the association between factors involved in job insecurity and: health service use, tobacco use, and alcohol use among salaried workers and contract workers in Bolivia. Methods A cross-sectional study was performed with a sample of workers composed of 1203 women and 1780 men between the ages of 14 and 65 years using data from Bolivia's 2015 Household Survey. The dependent variables were health service use, tobacco use, and alcohol use; the independent variables were wages, type of contract, work hours, and exercise of workers’ rights. Prevalence rates were calculated and the association between factors involved in job insecurity and the dependent variables was assessed using multivariate binomial regression models with adjustment for sociodemographic variables. The analyses were stratified by sex. Results The adjusted models showed a significant association between working under a temporary contract and lower use of health services among men (odds ratio [OR]: 0.70; 95% confidence interval [95% CI]: 0.56–0.87) and women (OR: 0.62; 95% CI: 0.46–0.82). Poor exercise of workers’ rights was also associated with lower use of health services (OR: 0.61; IC 95%: 0.45-0.83) among men. Long work hours showed an association with greater use of alcohol among women (OR: 1.75; 95% CI: 1.34–2.29). Low wages were associated with lower tobacco use among men (OR: 0.75; 95% CI: 0.57–0.99) and women (OR; 0.57; 95% CI: 0.33–0.99). However, being a manual worker was associated with tobacco use (OR: 1.36; 95% CI: 1.09-1.70) among men. Conclusions Having a temporary contract and belonging to income quintile I (the poorest) are both associated with lower use of health services and lower probability of smoking in individuals of either sex. Long work hours are associated with greater alcohol use among women. Poor exercise of workers’ rights is associated with lower use of health services among men.
RESUMEN Objetivo Investigar la asociación de los factores de precariedad laboral con el uso de servicios de salud, consumo de tabaco y de alcohol entre trabajadores asalariados y con contrato en Bolivia. Métodos Estudio transversal con una muestra de trabajadores de entre 14 y 65 años, 1 203 mujeres y de 1 780 hombres, con datos de la Encuesta de Hogares 2015 de Bolivia. Las variables dependientes fueron el uso de servicios de salud, el consumo de tabaco y el consumo de alcohol. Las variables independientes fueron el salario, el tipo de contrato, las horas de trabajo y el ejercicio de derechos laborales. Se calcularon prevalencias y la asociación de los factores de precariedad laboral con las variables dependientes mediante modelos de regresiones binomiales multivariadas ajustadas por variables sociodemográficas. Los análisis fueron estratificados por sexo. Resultados Los modelos ajustados mostraron asociaciones significativas entre tener un contrato temporal y un menor uso de servicios de salud (USS) en hombres (razón de probabilidades [OR por sus siglas en inglés]: 0,70; intervalo de confianza de 95% [IC95%]: 0,56-0,87) y mujeres (OR: 0,62; IC95%: 0,46–0,82). El bajo ejercicio de derechos estuvo también asociado a un menor USS (OR: 0,61; IC95%: 0,45–0,83) en hombres. Las horas de trabajo prolongadas se asociaron al mayor consumo de alcohol en mujeres (OR: 1,75; IC95%: 1,34–2,29). El salario bajo estuvo asociado al menor consumo de tabaco tanto en hombres (OR: 0,75; IC95%: 0,57–0,99) como en mujeres (OR; 0,57; IC95%: 0,33–0,99). Sin embargo, ser trabajador manual se asoció al consumo de tabaco (OR: 1,36; IC95%: 1,09–1,70) entre los hombres. Conclusiones Tener un contrato temporal y pertenecer al quintil I (inferior) de ingresos se asocia a la menor utilización de servicios de salud y menor probabilidad de fumar en personas de uno y otro sexo. El horario prolongado de trabajo se asocia a mayor consumo de alcohol entre las mujeres. El bajo ejercicio de derechos estuvo asociado a un menor USS en hombres.
RESUMO Objetivo Investigar a associação entre fatores relativos a condições precárias de trabalho e a utilização de serviços de saúde, tabagismo e uso de álcool em trabalhadores assalariados e contratados na Bolívia. Métodos Estudo transversal realizado em uma amostra de trabalhadores, 1.203 do sexo feminino e 1.780 do sexo masculino, com idade de 14 a 65 anos, a partir de dados obtidos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2015 na Bolívia. As variáveis dependentes foram utilização dos serviços de saúde, tabagismo e uso de álcool. As variáveis independentes foram salário, tipo do contrato de trabalho, horas da jornada de trabalho e exercício dos direitos trabalhistas. Foram calculadas prevalências e a associação dos fatores relativos às condições de trabalho com as variáveis dependentes com o uso de modelos de regressão binomial multivariada ajustados segundo variáveis sociodemográficas. As análises foram estratificadas por sexo. Resultados Os modelos ajustados demonstraram uma associação significativa entre ter um contrato de trabalho temporário e menor utilização dos serviços de saúde entre os trabalhadores do sexo masculino (razão de chances [OR] 0,70; intervalo de confiança de 95% [IC95%] 0,56–0,87) e do sexo feminino (OR 0,62; IC95% 0,46–0,82). O pouco exercício dos direitos também foi associado a menor utilização dos serviços de saúde (OR 0,61; IC95% 0,45–0,83) no sexo masculino. Longas jornadas de trabalho foram associadas a um maior uso de álcool no sexo feminino (OR 1,75; IC95% 1,34–2,29). O salário baixo foi associado a uma proporção menor de tabagismo tanto no sexo masculino (OR 0,75; IC95% 0,57–0,99) como no sexo feminino (OR 0,57; IC95% 0,33–0,99). Porém, ser trabalhador braçal foi associado ao tabagismo (OR 1,36; IC95% 1,09–1,70) no sexo masculino. Conclusões Ter contrato de trabalho temporário e pertencer ao quintil I (inferior) de renda estão associados a menor utilização dos serviços de saúde e menor probabilidade de ser tabagista em trabalhadores de ambos os sexos. Longas jornadas de trabalho estão associadas a um maior uso de álcool no sexo feminino. O pouco exercício dos direitos trabalhistas foi associado a menor utilização dos serviços de saúde no sexo masculino.