RESUMO Introdução O evidente aumento do número de pessoas que escolhem a corrida como forma de exercitar o corpo tem sido associado à maior prevalência de lesões musculoesqueléticas. Objetivos Verificar a prevalência e os fatores que possam estar associados às lesões em corredores amadores da cidade de Recife-PE. Métodos Estudo observacional do tipo transversal, no qual 300 corredores amadores responderam a um questionário sociodemográfico, além de questões sobre características do treinamento, tipo de pisada e aterrissagem e histórico de lesões relacionadas à corrida. Os dados foram analisados pela estatística descritiva; para a comparação entre médias, foi usado o Teste t de Student e para a comparação de prevalências, o teste do qui-quadrado. Resultados A prevalência de lesões em corredores amadores de Recife-PE foi de 58,5% (n = 175), sendo o joelho a região mais acometida (37,3%). Nos grupos corredores com lesão e sem lesão, a maioria dos participantes era do sexo masculino, respectivamente, 72,4% e 72,6%. Não houve diferença quanto à frequência semanal de treinamento entre os grupos (p < 0,63). Ao contrário, os corredores com histórico de lesão treinaram em média 7 quilômetros/semana a mais do que os corredores sem lesões (p < 0,03). O tipo de pisada neutra (F = 0,87; p = 0,99) e a aterrissagem com retropé (F = 4,13; p = 0,90) foram os mais referidos pelos corredores em ambos os grupos. Foi verificado que o desgaste foi o principal critério utilizado para trocar de tênis em ambos os grupos (F = 8,35; p = 0,4). Conclusões Houve alta prevalência de lesões musculoesqueléticas em corredores amadores de Recife-PE. Entre os fatores associados às lesões, uma variável mostrou-se significante: maior volume de treino semanal. Nível de Evidência: II; Tipo de Estudo: Transversal.
ABSTRACT Introduction The increased number of people who choose running as a form of exercise has been associated with a higher prevalence of musculoskeletal injuries. Objectives To determine the prevalence and the factors that could be correlated with injuries among amateur runners in Recife, in the State of Pernambuco (PE), Brazil. Methods An observational, cross-sectional study, in which 300 (three hundred) amateur runners answered a social demographic questionnaire, as well as questions about training characteristics, footstrike and landing pattern, and history of running injuries. The data were analyzed by descriptive statistics, the student-t test to compare means, and the Chi-squared to compare prevalences. Results The prevalence of injuries amongst runners in Recife-PE was 58.5% (n= 175), the knee being the most commonly injured site (37.3%). In both groups - runners with and without injuries – there was a higher number of male runners, with 72.4% and 72.6% respectively. There was no difference in relation to the weekly frequency of running between the groups (p<0.63). However, runners with a history of injuries ran around 7 kmh a week more than the runners without injuries (p<0.03). A neutral footstrike (F=0.87; p=0.99) and hindfoot landing (F=4.13; p=0.90) were the most reported running patterns in both groups. It was found that wear was the main criterion used for changing running shoes in both groups (F = 8.35, p = 0.4). Conclusion There was a high prevalence of musculoskeletal injuries among amateur runners in Recife-PE. Among the factors associated with the injuries, one variable was significant: a higher weekly volume of training. Level of evidence II; Study type: Cross-sectional study.
RESUMEN Introducción El evidente aumento en el número de personas que eligen la carrera como forma de ejercitar el cuerpo ha sido asociado con una mayor prevalencia de lesiones musculoesqueléticas. Objetivos Verificar la prevalencia y los factores que pueden estar asociados con lesiones en corredores aficionados en la ciudad de Recife-PE. Métodos Estudio transversal observacional, en el que 300 corredores aficionados respondieron un cuestionario sociodemográfico, además de cuestiones sobre características del entrenamiento, tipo de pisada y aterrizaje e historial de lesiones relacionadas con la carrera. Los datos se analizaron mediante estadística descriptiva; para la comparación entre promedios, se utilizó el test t de Student y para la comparación de prevalencia, la prueba de chi-cuadrado. Resultados La prevalencia de lesiones en corredores aficionados en Recife-PE fue de 58,5% (n = 175), siendo la rodilla la región más afectada (37,3%). En los grupos de corredores lesionados y no lesionados, la mayoría de los participantes eran del sexo masculino, respectivamente, 72,4% y 72,6%. No hubo diferencias con respecto a la frecuencia de entrenamiento semanal entre los grupos (p < 0,63). Por el contrario, los corredores con historial de lesiones entrenaron un promedio de 7 kilómetros/semana más que los corredores sin lesiones (p < 0,03). El tipo de pisada neutra (F = 0,87; p = 0,99) y el aterrizaje con retropié (F = 4,13; p = 0,90) fueron los más indicados por los corredores en ambos grupos. Se encontró que el desgaste fue el principal criterio utilizado para cambiar de zapatillas en ambos grupos (F = 8,35, p = 0,4). Conclusiones Hubo una alta prevalencia de lesiones musculoesqueléticas en corredores aficionados en Recife-PE. Entre los factores asociados con las lesiones, se encontró una variable significativa: el mayor volumen de entrenamiento semanal. Nivel de evidencia II; Tipo de Estudio: Transversal.