Introducción: la radioquimioterapia es una opción de tratamiento curativo del carcinoma de cérvix, particularmente en pacientes de medio hospitalario uruguayo cuyo diagnóstico se realiza en estadios localmente avanzados. El objetivo de este trabajo es analizar los resultados terapéuticos y la toxicidad crónica de dicho tratamiento en el Centro Hospitalario Pereira Rossell (CHPR). Método: se incluyeron 164 pacientes portadoras de carcinoma cérvico-uterino que completaron el tratamiento de radioquimioterapia entre junio de 2006 y noviembre de 2008. La radioterapia externa (RTE) consistió en irradiación pélvica (concomitante con cisplatino semanal) y braquiterapia (BT) útero-vaginal. Se calculó la dosis biológica efectiva para tumor, para recto y para vejiga. Se analizó la tasa de control locorregional y la sobrevida a cinco años, así como las complicaciones crónicas por el método de Kaplan-Meier. Resultados: la sobrevida global obtenida fue de 67% a cinco años, mostrando diferencias significativas entre el estadio II (78%) y el estadio III (49%) (Log-rank test, p = 0,0002). La tasa de complicaciones crónicas grado 3-4, según RTOG (Radiation Therapy Oncology Group), fue de 1,8% para las urinarias y 3,7% para las digestivas. El control local inicial fue de 89% y la persistencia lesional de 10,3%; recidiva locorregional (RL) en todo el período: 19,5%; metástasis con o sin RL: 10,3%. Conclusiones: se confirma en nuestro medio la eficacia terapéutica de la radioquimioterapia en cáncer de cérvix. La mayoría de las recidivas o persistencias fueron por falta de control locorregional luego del tratamiento inicial. El tratamiento fue bien tolerado, con bajo porcentaje de complicaciones crónicas, comparable con referencias internacionales.
Resumo Introdução: a radio-quimioterapia é uma opção de tratamento curativo do carcinoma de cérvix, particularmente em pacientes do meio hospitalar uruguaio cujo diagnóstico é feito em estádios localmente avançados. O objetivo deste trabalho é analisar os resultados terapêuticos e a toxicidade crônica deste tratamento no Centro Hospitalario Pereira Rossell (CHPR). Método: foram incluídas 164 pacientes portadoras de carcinoma cérvico-uterino que completaram o tratamento de radio-quimioterapia no período junho de 2006 - novembro de 2008. A radioterapia externa (RTE) foi feita por irradiação pélvica (concomitante com cisplatina semanal) e braquiterapia (BT) útero-vaginal. A dose biológica efetiva para tumor, reto e bexiga foi calculada. A taxa de controle loco-regional e a sobrevida aos cinco anos foram calculadas e também as complicações crônicas utilizando o método de Kaplan-Meier. Resultados: a sobrevida global obtida foi de 67% aos cinco anos, mostrando diferenças significativas entre o estádio II (78%) e o estádio III (49%) (Log-rank test, p = 0,0002). A taxa de complicações crônicas graus 3-4, de acordo com a RTOG (Radiation Therapy Oncology Group), foi 1,8% para as urinarias e 3,7% para as digestivas. O controle local inicial foi de 89% e a persistência da lesão de 10,3%; recidiva loco-regional (RL) em todo o período: 19,5%; metástases com ou sem RL: 10,3%. Conclusões: a eficácia terapêutica da radioquimioterapia no câncer de cérvix no nosso meio foi confirmada. A maioria das recidivas ou persistências foi devida a falta de controle loco-regional depois do tratamento inicial. O tratamento foi bem tolerado, com baixa porcentagem de complicações crônicas, comparável a referências internacionais.
Abstract Introduction: radiochemotherapy may be used to cure cervical cancer, particularly for patients treated in Uruguayan hospitals, whose diagnosis is made in locally advanced stages. The study aims to analyse therapy results and chronic toxicity of such treatment at the Pereira Rossell Hospital Center (CHPR). Method: 164 carriers of cervical-uterine cancer who completed the radiochemotherapy treatment between June 2006 and November 2008 were included in the study. External radiochemotherapy consisted in pelvic irradiation (in combination with weekly cisplatin) and uterus-vaginal brachytherapy. Effective biological doses for tumor were calculated, for the rectum and the bladder. Locoregional control rate and survival after 5 years, as well as chronic complications, were analysed using the Kaplan-Meier method. Results: global five-year survival rate was 67%, there being significant differences between stage II (78%) and stage III (49%) (Log-rank test, p = 0.0002). According to RTOG (Radiation Therapy Oncology Group) Grade 3/4 chronic complications rate was 1.8% for urinary complications and 3.7% for digestive complications. Initial local control was 89% and lesion persistence was 10.3%, locoregional recurrence (LR) throughout the period was 19.5%; metastases with and without LR was 10.3% Conclusions: therapeutic effectiveness of radiochemotherapy for to treat cervical cancer is confirmed in our context. In most cases recurrence or persistence resulted from lack of locoregional follow-up after initial treatment. Treatment was well tolerated, with low percentage of chronic complications, what is comparable to international literature.