Introducción: a partir de la nueva legislación de control del tabaco en Uruguay y la obligatoriedad de los servicios de salud de incorporar el tratamiento del tabaquismo se incrementó la necesidad de formar a los futuros médicos en este tema. Objetivo: determinar conocimientos, creencias, prácticas y actitudes con respecto al tabaquismo en estudiantes de Medicina de primer año y evaluar el impacto de una intervención educativa sobre los mismos. Material y método: se aplicó encuesta de la Organización Mundial de la Salud a estudiantes de Medicina de primer año antes y después de una intervención educativa. Esta consistió en una instancia de formación sobre tabaquismo de los tutores seguida del abordaje del tema por los tutores con sus estudiantes, con la metodología de aprendizaje basado en problemas. Resultados: 28,1% eran fumadores y 44,6% quería dejar de fumar; 70,7% de los no fumadores reconocían la efectividad del consejo médico para la cesación mientras que 59,1% de los fumadores lo reconocían (p = 0,006) y 79,75% de los no fumadores y 64,8% de los fumadores (p <0,001) señalaban el rol modélico de los médicos. Luego de la intervención educativa se observaron cambios significativos con respecto a la necesidad de entrenamiento en cesación (p = 0,039), rol de aconsejar (p = 0,026) y conocimiento de que el consejo aumenta la cesación (p = 0,001). Conclusiones: el ser estudiante fumador afecta significativamente los conocimientos y las creencias acerca del tabaquismo. La intervención fue efectiva en modificar conocimientos, creencias y actitudes en relación con la efectividad de dar consejo y la necesidad de recibir entrenamiento en cesación.
Resumo Introdução: a nova legislação de controle do tabaco no Uruguai e a obrigatoriedade dos serviços de saúde de incorporar o tratamento do tabagismo aumentaram a necessidade de formar os futuros médicos neste tema. Objetivos: determinar conhecimentos, crenças, práticas e atitudes relacionados ao tabagismo de estudantes do primeiro ano de Medicina e avaliar o impacto de uma intervenção educativa sobre os mesmos. Material e método: aplicou-se a pesquisa da Organização Mundial da Saúde a estudantes do primeiro ano de Medicina antes e depois de uma intervenção educativa. Esta intervenção incluía informação sobre tabagismo por tutores e uma discussão do tema entre os tutores e seus estudantes, utilizando a metodologia de aprendizagem baseada em problemas. Resultados: 28,1% eram tabagistas e 44,6% queriam deixar de fumar; 70,7% dos não tabagistas reconheciam a efetividade do conselho médico para a cessação enquanto 59,1% dos tabagistas o reconheciam (p = 0,006) e 79,75% dos não tabagistas e 64,8% dos tabagistas (p <0,001) destacavam o papel dos médicos como exemplo. Depois da intervenção educativa se observaram mudanças significativas com relação à necessidade de formação em cessação (p = 0, 039), o papel do aconselhamento (p = 0,026) e o conhecimento de que o aconselhamento aumenta a cessação (p = 0,001). Conclusões: ser estudante fumante afeta significativamente os conhecimentos e as crenças sobre tabagismo. A intervenção foi efetiva na modificação de conhecimentos, crenças e atitudes relacionadas com a efetividade de aconselhar e a necessidade de receber formação em cessação de tabagismo.
Summary Introduction: upon the new legislation to control tobacco consumption being enforced and the health care center's obligation to include the treatment of tobacco dependence within their health care services, the need to train future physicians in this field significantly increased. Objectives: to determine knowledge, beliefs, practices and attitudes regarding tobacco dependence among first year Medical Students, and to evaluate the impact of an educational intervention on these beliefs, practices and attitudes. Method: a survey designed by the World Health Organization was applied to first year Medical Students a year before and a year after the educational intervention. Tutors were trained on tobacco dependence and subsequently, these tutors worked together with the medical students by means of a problem based learning methodology. Results: 28.1% were smokers and 44.6% wished to quit smoking; 70.7% of non-smokers admitted medical counseling was effective for quitting, whereas 59.1% of smokers did not admit so (p = 0,006), and 79,75% of non-smokers and 64.8% of smokers (p <0,001) emphasized on the importance of the medical role model. After the educational intervention significant changes were observed regarding the need to provide training on quitting smoking (p = 0,039), the counselor's role (p = 0,026) and knowledge that counseling contributes to quitting (p = 0,001). Conclusions: smoking significantly affects students' knowledge and beliefs about tobacco dependence. The intervention turned out to be useful to modify knowledge, beliefs and attitudes regarding the effectiveness of providing counseling and the need for medical doctors to be trained in quitting smoking.