Resumo Este estudo aborda as relações entre trabalho, classe, saúde mental masculina e gênero, reconhecendo o trabalho como elemento identitário da masculinidade hegemônica. Foi realizada uma pesquisa qualitativa em dois serviços de saúde mental de Brasília, DF, com base em observações participantes em atividades de rotina e 16 entrevistas semiestruturadas com usuários homens. Os achados revelam que as precárias condições de trabalho têm influência negativa nas condições de saúde mental de homens de classes populares e no exercício de suas masculinidades. Esses homens sentem-se alijados de sua condição masculina por não trabalharem e não proverem a família, considerando-se que, em um mundo marcado pelo domínio do capital, o valor de um homem é confundido pelo seu poder de compra, e a falta de trabalho é um grande abalo à identidade masculina. Constata-se que a busca por atender a ideais hegemônicos de uma masculinidade prescrita atua como coprodutora de sofrimentos mentais decorrentes da marginalização por classe social em usuários de serviços de saúde mental. gênero hegemônica Brasília DF 1 masculinidades sentemse sentem se família considerandose considerando capital compra Constatase Constata
Abstract This study addresses the relationships between work, class, male mental health and gender, recognizing work as an identity element of hegemonic masculinity. A qualitative study was carried out in two mental health services in Brasília, DF, based on participant observation of routine activities and 16 semi-structured interviews with male users. The findings reveal that precarious working conditions have a negative influence on the mental health conditions of working-class men and on the exercise of their masculinities. These men feel alienated from their masculine condition because they don’t work and don’t provide for their families, considering that, in a world marked by the dominance of capital, a man’s value is confused by his purchasing power, and the lack of work is a major blow to the masculine identity. The search to meet hegemonic ideals of a prescribed masculinity acts as a co-producer of mental suffering resulting from marginalization by social class in users of mental health services. gender Brasília DF 1 semistructured semi structured workingclass masculinities dont don t families capital mans man s power coproducer co producer
Resumen Este estudio analiza las relaciones entre trabajo, clase social, salud mental masculina y género, reconociendo el trabajo como elemento identitario de la masculinidad hegemónica. Se realizó un estudio cualitativo en dos servicios de salud mental de Brasilia, DF, basado en observaciones participantes de actividades rutinarias y 16 entrevistas semiestructuradas con usuarios masculinos. Los resultados revelan que la precariedad laboral influye negativamente en las condiciones de salud mental de los hombres de clase trabajadora y en el ejercicio de sus masculinidades. Estos hombres se sienten excluidos de su condición masculina porque no trabajan y no mantienen a sus familias, teniendo en cuenta que en un mundo marcado por el dominio del capital, el valor de un hombre se confunde con su poder adquisitivo, y la falta de trabajo supone un duro golpe para la identidad masculina. La búsqueda del cumplimiento de los ideales hegemónicos de una masculinidad prescrita actúa como coproductor del sufrimiento mental derivado de la marginación por clase social en los usuarios de los servicios de salud mental. género hegemónica Brasilia DF 1 masculinos masculinidades familias capital adquisitivo