Resumen Objetivo: Identificar la asociación entre los factores de riesgo de hipertensión arterial sistémica y los niveles de presión arterial de la población carcelaria. Materiales y métodos: Estudio de corte transversal realizado con una muestra de reclusos entre febrero y septiembre de 2019. Un total de 240 hombres de un complejo penitenciario en el sur de Brasil participaron en la investigación. En la recolección de datos se utilizó un instrumento semiestructurado basado en las guías nacionales de enfermedades cardiovasculares. Resultados: El análisis univariado permitió identificar que la práctica de ejercicio físico tiene una asociación negativa con el desarrollo y el control de la hipertensión arterial sistémica (p = 0,034), mientras que el índice de masa corporal y la circunferencia de la cintura fueron asociados positivamente con el riesgo cardiovascular y la hipertensión arterial sistémica (p = 0,000). En el análisis multivariado se observó la significancia estadística del índice de masa corporal cuando este es controlado para todas las demás variables del modelo (OR ajustado = 2,33). Conclusiones: Los factores de riesgo para el desarrollo de hipertensión arterial sistémica están presentes en el entorno penitenciario en un grado similar al de la vida en libertad; particularmente, la falta de ejercicio físico y las alteraciones del índice de masa corporal y la circunferencia de la cintura. Vale la pena mencionar que el índice de masa corporal fue la variable de mayor significancia estadística, puesto que al presentarse alteraciones en esta, aumenta 2,33 veces la probabilidad de que los reclusos desarrollen hipertensión arterial sistémica.
Resumo Objetivo: Identificar a associação entre os fatores de risco para a hipertensão arterial sistémica e os níveis pressóricos de prisioneiros em regime fechado. Materiais e métodos: Estudo de corte transversal, realizado com prisioneiros em regime fechado, entre fevereiro e setembro de 2019. Participaram do estudo 240 homens de um complexo penitenciário do Sul do Brasil. Para coletar os dados, foi utilizado um instrumento semiestruturado, baseado nas diretrizes nacionais para doenças cardiovasculares. Resultados: Na análise univariada, identificou-se que a prática de exercício físico foi associada de forma negativa ao desenvolvimento da hipertensão arterial sistémica (p = 0,034). Entretanto, o índice de massa corporal e a circunferência abdominal foram associados positivamente com o risco cardiovascular e a hipertensão arterial sistémica (p = 0,000). Na análise multivariada, notou-se a significância estatística do índice de massa corporal quando controlado por todas as outras variáveis no modelo (OR ajustado = 2,33). Conclusões: Os fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão arterial sistémica estão presentes no meio carcerário em grau similar ao da população geral, em especial a ausência da prática de exercício físico e a alteração do índice de massa corporal e da circunferência abdominal. Vale dizer que o índice de massa corporal foi a variável de maior significância estatística, pois, ao apresentar-se alterado, aumentou em 2,33 vezes a chance de os prisioneiros desenvolverem hipertensão arterial sistémica.
Abstract Objective: To identify the association between risk factors for systemic arterial hypertension and blood pressure levels in prisoners under a closed regime. Materials and methods: Cross-sectional study conducted with prisoners under a closed regime between February and September 2019. A total of 240 men from a penitentiary complex in southern Brazil participated in the study. A semi-structured instrument based on the national guidelines for cardiovascular diseases was used for data collection. Results: Univariate analysis allowed us to identify that physical exercise was negatively associated with the development of systemic arterial hypertension (p = 0.034). However, body mass index and abdominal circumference were positively associated with cardiovascular risk and systemic arterial hypertension (p = 0.000). Through multivariate analysis, we noted the statistical significance of the body mass index when controlled for all other variables in the model (adjusted OR = 2.33). Conclusions: Risk factors for the development of systemic arterial hypertension are present in the prison environment to a similar degree as in the general population; particularly the absence of physical exercise and altered body mass index and abdominal circumference. It is worth mentioning that the body mass index was the variable of greater statistical significance, since, when altered, it increased 2.33 times the chance of inmates to develop systemic arterial hypertension.