Este estudo avaliou as mudanças morfológicas nas cabeças da mandíbula das articulações temporo mandibulares (ATMs) e calculou o índex de disfunção clínico de Helkimo (IDC) em adolescentes com má oclusão de Classe II Divisão1 e retrognatismo mandibular, tratados com aparelho de Herbst (fase I) e aparelho ortodôntico fixo (fase II). Trinta e dois adolescentes consecutivos passaram pela fase I e 23 completaram a fase II. As ATMs foram avaliadas qualitativamente por meio de imagem da resonância magnética (IRM) ao início do tratamento (T1), durante a fase I (T2), no final da fase I (T3) e no final da fase II (T4). O IDC foi calculado em T1, T3 e T4. De T1 a T3 (p=0,326) não ocorreram mudanças na morfologia da cabeça da mandíbula em 86,0% das ATMs. De T3 a T4 (p<0,05) e T1 a T4 (p<0,05) ocorreram mudanças em 39,1% e 43,4% das cabeças das mandíbulas. Não ocorreram mudanças significantes no IDC de T1 a T3, T3 a T4 e T1 a T4 (p=1,000; 86,6%, 76,2% e 76,2% concordância). Após a fase I, não houve praticamente mudanças na morfologia da cabeça da mandíbula. Ao final da fase II, um leve aplainamento foi observado em algumas cabeças das mandíbulas. Pode ser concluído que não ocorreram mudanças significantes no IDC após ambas as fases de tratamento.
This study evaluated the morphological changes in the temporomandibular joint (TMJ) condyles and calculated the Helkimo clinical dysfunction index (CDI) in adolescents with Class II Division 1 malocclusion and mandibular retrognathism treated with the Herbst appliance (phase I) and fixed orthodontic appliances (phase II). Thirty-two consecutive adolescents underwent phase I, and 23 completed phase II. The TMJs were evaluated qualitatively using magnetic resonance imaging (MRI) at the beginning of treatment (T1), during phase I (T2), at the end of phase I (T3) and at the end of phase II (T4). The CDI was calculated at T1, T3 and T4. From T1 to T3 (p=0.326), there were no changes in condyle morphology in 86.0% of the TMJs. From T3 to T4 (p<0.05) and T1 to T4 (p<0.05), changes occurred in 39.1% and 43.4% of the condyles. No significant changes in CDI occurred from T1 to T3, T3 to T4 and T1 to T4 (p=1.000; 86.6%, 76.2% and 76.2% concordance). After phase I, there were practically no changes in condyle morphology. At the end of phase II, a mild flattening was observed in some condyles. It may be concluded that no significant changes occurred in CDI after both treatment phases.