OBJETIVO: analisar as informações adquiridas por profissionais da voz em ações preventivas e verificar o impacto destas para a saúde vocal. MÉTODOS: participaram 100 profissionais da voz, de ambos os sexos, entre 16 e 55 anos, sendo professores, locutores, cantores, atores e operadores de tele-serviços. Os sujeitos estudados responderam a um questionário sobre cuidados com a voz, a proveniência das orientações recebidas e a aplicação das mesmas e, ainda, a qualificação destas quanto sua eficácia. RESULTADOS: as informações mais citadas, a partir das orientações recebidas foram: hidratação, apontada por 66% (N=66) dos sujeitos e o consumo de maçã citado por 32% (N=32), não sendo, no entanto, as mais apontadas como utilizadas pelo grupo estudado. Os exercícios de aquecimento vocal são utilizados por todos os sujeitos que os referiram (12%), sendo mais praticados pelos cantores. Para 66% dos sujeitos as informações e orientações foram recebidas de diversas fontes profissionais, enquanto que 34% referiram o fonoaudiólogo. Os sujeitos que referiram seguir as orientações sobre os cuidados com a voz (58%, N=58) afirmaram observar melhora na qualidade vocal. CONCLUSÃO: o relevante desconhecimento por parte dos profissionais da voz estudados em relação aos cuidados com a saúde vocal pode ser atribuído a pouca importância dada à saúde preventiva. No entanto, os sujeitos que afirmaram seguir as orientações recebidas confirmam melhoras na voz. Conclui-se que o fonoaudiólogo pode ser considerado como referência de orientação, quando comparado com os diferentes seguimentos de profissionais.
PURPOSE: to analyze the information acquired by voice professionals in preventive speech actions and check their impact in relation to vocal health. METHODS: 100 voice professionals took part in this study, men and women, between 16 and 55-year old, including teachers, announcers, singers, actors and telemarketing operators. The studied subjects answered a questionnaire on how to take care of voice, origin of received guidance and its application, and how the interviewed subjects qualify its effectiveness. RESULTS: the most cited information, considering the received guidance, was: hydration of vocal cords by 66% (N=66) of the subjects and consumption of apple by 32% (N=32) of the subjects, however, they were not the most used by them. Voice warm up exercises were used by 12% of all those that had cited them, being mostly practiced by the singers. For 66% of the subjects, the information and guidance were received from other professionals while 34% got them from the speech therapists. And 58% (N= 58) of the people who closely followed the guidance steps affirmed having noted an improvement in their voice quality. CONCLUSION: the relevant lack of knowledge on the part of the studied voice professionals in relation to the cares with the vocal health can be attributed to the little importance given to preventive speech actions. However, the subjects that affirmed following the received guidance confirmed improvements in voice quality. We may conclude that speech therapists can be considered as guidance reference when compared with different segments of professionals.