A mutagênese tem sido tradicionalmente usada para gerar variabilidade genética em plantas ornamentais. Recentemente, tornou-se uma ferramenta poderosa na descoberta e análise da função gênica em genética reversa. Este trabalho objetivou comparar a eficiência da mutagênese física e química na geração de populações mutantes de petúnia. O dano genômico foi avaliado indiretamente por características de desenvolvimento de plântulas após o tratamento com doses de radiação gama de 0, 20, 40, 60, 80 e 100 Gy e do agente alquilante etil-metanossulfonato (EMS) de 0; 0,05; 0,1; 0,15; 0,2 e 0,25% (v/v). Radiação gama e EMS causaram danos ao desenvolvimento e reduziram a viabilidade das plântulas derivadas das sementes tratadas. As maiores doses de mutagênico diminuíram o número de plantas com folhas primárias aos 15 dias após a semeadura (DAS) em aproximadamente 44% e reduziram as taxas de sobrevivência a 55% (gama) e 28% (EMS) em relação aos controles. A redução na altura das plântulas foi proporcional ao aumento das dosagens de EMS, enquanto 40 e 60 Gy de radiação gama provocaram a redução mais significativa na altura de plantas. Abordagens de genética reversa requerem danos genômicos moderados, que permitam alta saturação de alelos mutantes com pequena redução no número de plantas viáveis, relacionados ao parâmetro biológico DL50, dosagem de mutagênico necessária para eliminar metade da população. Este valor correspondeu a 100 Gy de radiação gama e 0,1% de EMS. Os tratamentos foram empregados para a geração de populações mutantes de petúnia (M1 e M2) e novos mutantes morfológicos foram isolados.
Traditionally, mutagenesis has been used to introduce novel genetic variability in ornamental crops. More recently, it has become a powerful tool in gene discovery and functional analyses in reverse genetics approaches. The present work aimed to compare the efficiency of physical and chemical agents in generating mutant populations of petunia. We have indirectly evaluated the genomic damage by analyzing developmental characteristics of the plantlets derived from treated seeds employing gamma radiation at 0, 20, 40, 60, 80 and 100 Gy and the alkylating agent ethyl-methanesulfonate (EMS) at 0, 0.05, 0.1, 0.15, 0.2 and 0.25% (v/v). Gamma rays and EMS caused developmental defects and decreased seedling viability in plants obtained from the mutagenized seeds. High mutagen doses reduced in approximately 44% the number of plants with primary leaves at 15 days after sowing (DAS) and decreased seedling survival rates to 55% (gamma) and 28% (EMS), in comparison to untreated controls. Seedling height decrease was proportional to increasing EMS dosage, whereas 40 and 60 Gy of gamma irradiation caused the most significant reduction in height. Moderate DNA damage allowing a high saturation of mutant alleles in the genome and the generation of viable plants for reverse genetics studies was correlated to the biological parameter LD50, the dose required to kill half of the tested population. It corresponded to 100 Gy for gamma radiation and 0.1% for EMS treatment. The optimized mutagen treatments were used to develop petunia mutant populations (M1 and M2) and novel morphological mutants were identified.