O mosaico dourado é a principal doença virótica da cultura do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) na América Latina. A genética da resistência ao vírus do mosaico dourado do feijoeiro (BGMV), isolado do Brasil, foi conduzida em um dialelo 4 x 4 sem os recíprocos, entre os parentais DOR 303, EMGOPA 201 Ouro, Carnaval e Redlands Greenleaf C. Plântulas com oito dias de idade, dos pais, híbridos F1, retrocruzamentos e geração F2, foram inoculadas através da exposição a uma população virulífera de moscas brancas (Bemisia tabaci Genn.) por 24 h, antes do transplantio para condição de campo. O grupo completo de dois parentais, F1, F2 e respectivos retrocruzamentos foi considerado uma família. Foram coletados e analisados os dados de amarelecimento foliar, nanismo e de deformação de vagens, usando o delineamento experimental de blocos ao acaso com três repetições. Análise ponderada de médias de gerações foi executada para cada uma das seis famílias. Foram detectados efeitos gênicos aditivos significantes controlando todos os caracteres avaliados. Por outro lado, na maioria dos casos, houve predominância da ação gênica não aditiva. A resistência ao amarelecimento foliar, conferida por genes de DOR 303, foi altamente herdável e se expressou igualmente bem nos diferentes 'backgrounds' genéticos avaliados. Ela pode ser oligogênica. Estimativas das herdabilidades no sentido amplo e restrito foram relativamente altas para as três características. O maior coeficiente de correlação foi obtido entre nanismo e deformação de vagens. As três características estudadas foram todas positivamente correlacionadas, indicando que podem ser selecionadas simultaneamente.
Bean golden mosaic is the most important viral disease of the bean crop (Phaseolus vulgaris L.) in Latin America. The genetics of resistance to a Brazilian strain of bean golden mosaic virus (BGMV), was studied in a 4 x 4 diallel cross without reciprocals, among the parental genotypes DOR 303, EMGOPA 201 Ouro, Carnaval, and Redlands Greenleaf C. Seedlings of the four parents, six F1 hybrids, 12 backcrosses, and F2 generations for each combination were inoculated on the eighth day after sowing by exposure to a viruliferous whitefly (Bemisia tabaci Genn.) population for 24 h, in a glasshouse, prior to transplantation to field conditions. The full set of two parents, F1, F2 and respective backcrosses for each combination was considered to be a family. Data were recorded and analyzed for foliar yellowing, plant dwarfing, and pod malformation, using a randomized block design, with two replications. Weighted generation mean analysis was performed for each of the six families. An additive gene action model was significant for the three characteristics evaluated. On the other hand, non-additive gene action had greater absolute value in most cases. Resistance to foliar yellowing conferred by genes from DRO 303 was highly heritable and was expressed equally well in the different genetic backgrounds evaluated. Such resistance may be oligogenic. Broad- and narrow-sense heritabilities were relatively high for all response traits. The three traits studied were all positively correlated, indicating that they can be simultaneously selected for enhancement. The highest correlation coefficient was obtained for dwarfing x pod malformation.