Resumo: Este estudo analisou os impactos do contexto pandêmico sobre a atividade laboral e a saúde mental de mulheres trabalhadoras domésticas diaristas, levando em consideração a interseccionalidade entre gênero, raça e classe no trabalho. Participaram dez diaristas, com idades entre 31 e 64 anos, a maioria ( n =6) pretas. Foi aplicado questionário sociodemográfico e realizadas entrevistas individuais. Sob abordagem qualitativa de análise, o material de pesquisa foi submetido a interlocuções analíticas, segundo contribuições da psicodinâmica do trabalho, da sociologia da divisão sexual do trabalho e do paradigma afrocêntrico das discussões de gênero. Os achados refletem o papel das desigualdades de gênero, raça e classe no agravamento das condições de trabalho/vida das trabalhadoras, que tiveram sua subsistência ameaçada, depararam-se com novos dilemas ou riscos no/pelo trabalho. Ademais, vivenciaram a atualização de situações opressivas nas relações laborais, experiências que suscitaram repercussões sobre seus corpos-subjetivos, desde ansiedade à sentimentos de inferioridade. Pontuamos a pertinência da inclusão/ampliação do lugar das dimensões de gênero, raça e classe e suas interseccionalidades nos estudos e intervenções em saúde mental, sobretudo no âmbito do trabalho. Tais marcadores sociais foram cruciais para a compreensão da natureza, intensidade e exploração do sofrimento psíquico relacionado ao trabalho das participantes. Ressaltamos a necessidade de medidas e ações de curto e longo prazo para o enfrentamento das problemáticas laborais e, consequentemente de vida, identificadas mediante os relatos das diaristas. Resumo diaristas gênero 3 6 anos =6 pretas individuais análise analíticas trabalhovida vida ameaçada depararamse depararam se nopelo pelo Ademais corpossubjetivos, corpossubjetivos corpos subjetivos, subjetivos corpos-subjetivos inferioridade inclusãoampliação inclusão ampliação natureza participantes =
Abstract: This study analyzed the impacts of the pandemic on the work and mental health of female daily housekeeping workers by considering the intersectionality between gender, race, and class at work. Overall, 10 workers participated in this study. They were aged from 31 to 64 years and most ( n =6) were Black. A sociodemographic questionnaire was applied and individual interviews were carried out. Under a qualitative analysis approach, the research material was submitted to analytical interlocutions according to contributions from the psychodynamics of work, sociology of the sexual division of labor, and the Afrocentric paradigm of gender discussions. Findings reflect the role of gender, race, and class inequalities in worsening the working/life conditions of female workers, who had their subsistence threatened as they faced new dilemmas or risks in/from work. They also experienced the actualization of oppressive situations in labor relations. Experiences affected their subjective bodies, from anxiety to feelings of inferiority. We point out the pertinence of including/expanding the place of the dimensions of gender, race, and class and their intersectionality in studies and interventions in mental health, especially in work. Such social markers were crucial for understanding the nature, intensity, and exploitation of participants’ work-related psychic suffering. We emphasize the need for short- and long-term measures and actions to face work problems and, consequently, life problems, identified in the workers’ reports. Abstract race Overall 1 3 6 =6 Black approach discussions workinglife working infrom relations bodies inferiority includingexpanding including expanding nature intensity participants workrelated related suffering short longterm long term consequently reports =
Resumen: Este estudio analizó los impactos del contexto de la pandemia en la actividad laboral y la salud mental de las trabajadoras domésticas, teniendo en cuenta la interseccionalidad entre género, raza y clase en el trabajo. Participaron diez trabajadoras domésticas, con edades de entre 31 y 64 años, la mayoría ( n =6) negras. Se aplicó un cuestionario sociodemográfico y se realizaron entrevistas individuales. Con base en un enfoque cualitativo de análisis, el material de investigación se sometió a análisis según aportes de la psicodinámica del trabajo, la sociología de la división sexual del trabajo y el paradigma afrocéntrico de las discusiones de género. Los hallazgos apuntan al papel de las desigualdades de género, raza y clase en el empeoramiento de las condiciones de trabajo/vida de las trabajadoras, que vieron amenazadas su subsistencia, enfrentadas a nuevos dilemas o riesgos en/a través del trabajo. Además, experimentaron la actualización de situaciones opresivas en las relaciones laborales, experiencias que repercutieron en sus cuerpos subjetivos desde ansiedad hasta sentimientos de inferioridad. Se señala la pertinencia de incluir/ampliar el lugar de las dimensiones de género, raza y clase y su interseccionalidad en los estudios e intervenciones en salud mental, especialmente en el contexto laboral. Dichos marcadores sociales fueron cruciales para comprender la naturaleza, la intensidad y la explotación del sufrimiento psíquico relacionado con el trabajo de las participantes. Se destaca la necesidad de medidas y acciones de corto y largo plazo para enfrentar los problemas de trabajo y, en consecuencia, de vida identificados en sus informes. Resumen domésticas género 3 6 años =6 negras individuales trabajovida subsistencia ena Además laborales inferioridad incluirampliar incluir ampliar naturaleza participantes consecuencia informes =