O meloeiro (Cucumis melo L.) é uma hortaliça de alto valor econômico. A emissão de nós é um componente importante em modelos matemáticos de simulação do crescimento e desenvolvimento de culturas de hábito de crescimento decumbente como o meloeiro e outras cucurbitáceas. A emissão de nós pode ser calculada utilizando-se o conceito do plastocrono, que é o intervalo de tempo entre o aparecimento de nós sucessivos em uma haste de dicotiledôneas. Quando a soma térmica é usada como medida de tempo fisiológico em plantas, o plastocrono tem como unidades °C dia nó-1. Estudos anteriores mostraram que o plastocrono em meloeiro varia com o genótipo e a época de cultivo. Este trabalho teve por objetivo estimar o plastocrono em meloeiro transplantado em diferentes épocas de cultivo no interior de estufa plástica. Foram realizadas 12 épocas de semeadura e transplante no interior de uma estufa plástica de 10m X 25m, coberta com polietileno transparente de baixa densidade, localizada no Campo Experimental do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria, RS. O híbrido utilizado foi o HY-MARK (grupo Cantaloupe). Em 12 plantas etiquetadas por época de transplante, contou-se o número de nós visíveis (NN) na haste principal da planta duas vezes por semana. A soma térmica diária (STd, °C dia) foi calculada levando-se em conta as temperaturas cardinais de aparecimento de nós em meloeiro (10, 34 e 45°C). A soma térmica acumulada (STa, °C dia), a partir da data de transplante das plântulas, foi calculada somando-se a STd. O plastocrono foi calculado como sendo o inverso do coeficiente angular da regressão linear entre NN e STa para cada época. O plastocrono calculado variou entre as épocas de cultivo de 13,4 a 21,8°C dia nó-1, com um valor médio de 18,6 (±2,3)°C dia nó-1. Esta diferença de plastocrono entre as épocas de cultivo pode representar vários dias do calendário civil se o interesse é predizer eventos associados ao NN na planta de meloeiro, como por exemplo a data de abertura da primeria flor masculina e da primeria flor hermafrodita.
Muskmelon (Cucumis melo L.) is a high-value horticultural crop. The prediction of node appearance is an important part of simulation models of crops with decumbent growth like muskmelon and other cucurbits. One way to predict node appearance is by using the concept of plastochron, defined as the time interval between the appearance of successive nodes on a stem or vine. Time can be expressed as thermal time, and in this case, the plastochron has units of °C day node-1. Previous studies have demonstrated that the plastochron in muskmelon varies with genotype and planting date. The objective of this study was to estimate the plastochron in muskmelon grown inside a plastic greenhouse at different transplanting dates. Twelve planting dates were performed inside a 10m X 25m greenhouse covered with polyethylene in Santa Maria, RS, Brazil. The HY-MARK hybrid was used. Twelve plants in each planting date were tagged with colored wire. The number of visible nodes (NN) on the main vine of the tagged plants was measured twice a week. Daily degree-days (DDD, °C day) were calculated, with cardinal temperatures for node appearance in muskmelon (10, 34, and 45°C). Accumulated thermal time (TT, °C day) from transplanting was calculated by accumulating DDD. The NN was linearly regressed against TT. The plastochron was estimated by the inverse of the angular coefficient of the linear regression. Plastochron varied among planting dates, from 13.4 to 21.8°C day node-1, with an average of 18.6 (±2.3)°C day node-1. This difference in plastochron values among planting dates may represent several calendar days when NN is used to estimate the date of developmental stages in muskmelon such as flowering of the first male and hermaphrodite flowers.