O trabalho foi desenvolvido em Dourados (MS), entre 10/05 e 18/07/2002, em Latossolo Vermelho distroférrico, de textura argilosa. O objetivo foi avaliar a produção de massa fresca e a renda bruta obtidas da cebolinha 'Todo Ano' e do espinafre 'Nova Zelândia', em cultivo solteiro e em consórcio. Foram estudadas a cebolinha (C) solteira, o espinafre solteiro (E) e o consórcio cebolinha-espinafre (CE), arranjados no delineamento experimental de blocos casualizados, com seis repetições. A propagação do espinafre foi por semente e a da cebolinha por mudas. A colheita da cebolinha e do espinafre foi feita aos 69 dias após o início da propagação, cortando-se, rente ao solo, as folhas das plantas de touceiras de cebolinha e acima do primeiro broto novo nos ramos do espinafre. Avaliaram-se as produções de massa fresca, em t ha-1, e o consórcio, utilizando a expressão da razão de área equivalente (RAE). A validação do consórcio foi realizada pela determinação da renda bruta, por cultivo e total, utilizando os preços pagos ao produtor. As plantas da cebolinha e do espinafre, tanto em cultivo solteiro como no consorciado, tiveram capacidade produtiva muito diferente, sendo média de 1,59 t ha-1 para cebolinha e 19,70 t ha-1 para espinafre. As produções de massa fresca das plantas de cebolinha e de espinafre sob cultivo solteiro tiveram, respectivamente, aumentos significativos de 35,55% (0,48 t ha-1) e de 23,74% (4,18 t ha-1) em relação àquelas sob consórcio. A razão de área equivalente (RAE), considerando as produtividades de massa fresca das culturas, foi de 1,55, indicando que o consórcio foi efetivo. Para o produtor de cebolinha, o consórcio cebolinha-espinafre foi o melhor, já que poderia ter induzido incrementos monetários por hectare de R$ 52.698,34. Para o produtor de espinafre, o consórcio espinafre-cebolinha foi o pior, já que, poderia ter induzido diminuição monetária por hectare de R$ 6.678,28.
The work was carried out in Dourados, Mato Grosso do Sul State, Brazil, between May 10th, 2002, and July 18th, 2002, in a Latossolo Vermelho distroférrico, clay texture. The fresh mass yield and gross income of 'Todo ano' bunching onion and of 'Nova Zelândia' spinach cultivated under mono-crop and inter-crop system were evaluated. Bunching onion under mono-crop system (C), spinach under mono-crop system (E) and bunching onion/spinach under inter-crop system (CE) were studied and arranged in a randomized block experimental design with six replications. Spinach propagation was done by seed and of bunching onion by cutting. Harvest of bunching onion and spinach was done at 69 days after the beginning of propagation by cutting the leaves of bunching onion plants, near the soil, and above the first new bud of spinach branches. Fresh mass yields in t ha-1 and inter-crop system were evaluated using the expression of land equivalent ration (LER). Validation of inter-crop system was done by gross income per each culture and total, using the prices paid to producer. Bunching onion and spinach plants, as under mono-crop as under inter-crop system, had different performances, with an average of 1.59 t ha-1 for bunching onion and 19.70 t ha-1 for spinach. Fresh mass yield of bunching onion and spinach plants under mono-crop system presented respectively, increases of 35.55% (0.48 t ha-1) and of 23.74% (4.18 t ha-1) in relation to those under inter-crop system. Land equivalent ratio (LER), considering fresh mass yield of cultures, was of 1.55, which indicates that inter-crop system was effective. For bunching onion producers, the inter-crop system using bunching onion/spinach inter-crop system was the best, since it could have induced monetary increases per hectare of R$ 52,698.34. For spinach producer, spinach/bunching onion inter-crop system was the worst, since it could have induced monetary decrease per hectare of R$ 6,678.28.