Resumo Neste artigo, nos propomos a uma leitura crítica da noção de sexílio, que surge nos Estados Unidos, nos anos 1990, em referência à experiência de exílio vivida por homossexuais porto-riquenhos que deixaram seu país de origem por motivo de sua orientação sexual. Desde então, os sentidos atribuídos se multiplicaram em direção ao problema do pertencimento de sujeitos homossexuais em deslocamento. No decorrer do artigo, traçamos esta trajetória por meio de trabalhos que abordaram experiências de múltiplas negações de pertencimento, também descritas como o medo de voltar para casa. Em diálogo com Gloria Anzaldúa e Didier Eribon, entendemos que o sexílio pode ser um conceito que elucida a experiência se sentir-se estranho na própria origem. Na última parte do artigo, tratamos ainda da noção de “diáspora queer”, confrontando-a com a ideia de sexílio e apontando para suas contribuições e limites.
Abstract In this article, we propose a critical reading of the notion of sexile, which emerged in the United States, in the 1990s, in reference to the experience of exile as lived by Puerto Rican homosexuals who left their country of origin due to their sexual orientation. Since then, the connotations of sexile have multiplied and increasingly begun to address the problem of belonging that arises for homosexual subjects in processes of relocation. Throughout the article, we trace this trajectory back to the experience of multiple denials of belonging that is also described as the fear of going home. Weaving a dialogue with Gloria Anzaldúa and Didier Eribon, we argue that the sexile may be a concept that elucidates on the experience of feeling strange in one’s own origins. In the last part, we also deal with the notion of “queer diaspora”, confrontingit with that of sexile and pointing to its contributions and limits.
Resumen En este artículo proponemos una lectura crítica de la noción de sexílio, surgida en los Estados Unidos, en la década de los 1990, en referencia a la experiencia de exilio vivida por homosexuales puertorriqueños que dejaron su país de origen por su orientación sexual. Desde su emergencia, los significados atribuidos al sexílio se han multiplicado hacia el problema de pertenencia de sujetos homosexuales en movimento. A lo largo del artículo, trazamos esta trayectoria a través de trabajos que abordan experiencias de múltiples negaciones de pertenencia, también descritas como el miedo a volver a casa. En diálogo con Gloria Anzaldúa y Didier Eribon, entendemos que el sexílio puede ser un concepto que ayuda a comprender la experiencia de sentirse extraño a la casa, a la origen. En la última parte, abordamos la noción de “diáspora queer” para confrontarla con la de sexílio, señalando sus aportes y límites.