RESUMO O objetivo deste estudo é analisar e explicar a adaptação do balanced scorecard (BSC), a partir do modelo teórico de Ansari, Fiss and Zajac (2010), em uma distribuidora de combustível (cognominada Companhia Petrolífera), que se caracteriza neste artigo como empresa adotante seguidora. Assim, coloca-se no centro das discussões sobre a difusão de práticas de contabilidade gerencial o processo de adaptação. Os resultados evidenciaram que o BSC adotado na Companhia Petrolífera é compatível com outras tecnologias presentes na organização. No que diz respeito ao aspecto cultural, houve baixo ajuste da prática à cultura organizacional, ao passo que a análise do aspecto político não evidenciou desajustes. Em decorrência desse baixo ajuste cultural entre o BSC e a Companhia Petrolífera, nesta o BSC apresenta alta fidelidade e baixa extensão em relação ao modelo observado na literatura sobre o tema. O artigo segue as evidências teóricas e empíricas de que um padrão específico de adaptação dependerá do ajuste entre as características técnica, cultural e política da prática implementada e as características da empresa. Esse é um aspecto distintivo de nosso estudo, pois busca explicar as variações das práticas organizacionais analisando sua consistência com as necessidades, os objetivos e a estrutura da empresa adotante, considerando especialmente os aspectos culturais e políticos envolvidos no processo de adaptação.
ABSTRACT This study aims to analyze and explain the adaptation of the balanced scorecard (BSC), through the theoretical model by Ansari, Fiss and Zajac (2010), in a fuel distribution company (nicknamed Oil Company), which is characterized in this article as a late adopter. By doing so, we place the adaptation process at the heart of our research on the diffusion of management accounting practices. The results showed that the BSC adopted in the Oil Company is compatible with other technologies observed in the organization. Regarding the cultural aspect, there was low adaptation of the practice to the organizational culture; however, no political misfits were observed. Due to this low cultural fit between the BSC and the Oil Company, in the latter the BSC has high fidelity and low extension in relation to the model observed in the extant literature. The article builds on the theoretical and empirical evidence that a specific adaptation pattern depends on the fit between the technical, cultural, and political characteristics of the practice implemented and the characteristics of the company. This is a distinctive aspect of our study, as it seeks to explain variations in the organizational practices by analyzing their consistency with the needs, objectives, and structure of the adopting company, especially considering the cultural and political aspects involved in the adaptation process.