INTRODUÇÃO: Complicações da aterosclerose agregam as principais causas de morte no mundo por problemas cardiovasculares relativos a distúrbio da condição mecânica e fisiológica que promove espessamento e endurecimento nas artérias. OBJETIVO: Avaliar as concentrações plasmáticas de biomarcadores do metabolismo lipídico e os resultados de doppler de carótidas, relacionando-os com a doença aterogênica de carótidas. MÉTODOS: Foram acompanhados 66 pacientes, com a média de idade entre 57,5 ± 15,5 anos, (20 a 77), sendo 63% mulheres. Utilizaram-se biomarcadores séricos e imagens (doppler) para avaliar a associação com a doença aterogênica carotídea (DCA). RESULTADOS E DISCUSSÃO: A DCA foi mais prevalente no gênero feminino (33% vs. 15%) entre as idades de 56-65 anos, risco relativo (RR) 1,56 nas mulheres (p < 0,002; Fisher, Katz). Em relação ao colesterol da lipoproteína de alta densidade (HDL-C) e à classificação da estenose de carótidas, North American Symptomatic Carotid Endarterectomy Trial (NASCET), observamos que 76% dos indivíduos apresentavam HDL-C na faixa protetora, sendo 31 grau I (normal); 81% possuíam lipoproteína de alta densidade (HDL) sérica > 40 mg/dl em comparação com 19% que tinham concentração de HDL-C ≥ 40 mg/dl. A prevalência de HDL-C > 40 mg/dl nos graus II, III e IV foi significativa. Não houve diferença de HDL-C entre os grupos (p = 0,4910, teste t não pareado). Não foi observada diferença entre as atividades de paraoxonase (PON1) quando estratificada para HDL-C > e < que 40 mg/dl (p > 0,05). CONCLUSÃO: O gênero feminino teve maior prevalência de DCA entre 56-65 anos, RR 1,56 vezes maior. Esse achado revela a importância de atenção nesse gênero e nessa faixa etária, uma vez que a ausência de proteção hormonal agrava o risco de DCA, podendo influenciar na atividade antioxidante da HDL por atuar diretamente na PON1. A razão triglirecídeos (TG)/HDL-C aponta para risco cardiovascular e deficiências no transporte reverso do colesterol.
INTRODUCTION: Atherosclerosis and correlated cardiovascular problems, whose mechanical and physiological disorders cause thickening and hardening of blood vessels, are among the main causes of death worldwide. OBJECTIVE: To assess plasma concentrations of biomarkers from the lipid metabolism and carotid doppler sonography results by correlating them with atherogenic carotid disease. METHODS: the study comprised 66 patients aged 57.5 ± 15.5 years (20-77), from which 63% were female. Serum markers and doppler sonography images were used to evaluate the association with atherogenic carotid disease (ACD). RESULTS: There was a higher prevalence of ACD among females (33% vs. 15%), age range 56-65, showing a relative risk (RR) of 1.56 among females (p < 0.002; Fisher, Katz). Concerning high density lipoprotein cholesterol (HDL-C) and carotid stenosis classification, North American Symptomatic Carotid Endarterectomy Trial (NASCET), 76% of patients showed HDL-C within the protection range, from which 31 individuals presented level I (normal). 81% of them showed HDL-C > 40 mg/dl and 19% had HDL-C ≥ 40 mg/dl. The prevalence of HDL-C > 40 mg/dl at levels II, III and IV was considerable. There was no difference in HDL-C among the groups (p = 0.4910; unpaired t test). Furthermore, there was no difference in paraoxonase (PON1) activity when stratified to HDL-C > and < 40 mg/dl (p > 0.05). CONCLUSION: The female group displayed higher ACD prevalence at 56-65 age range, with RR of 1.56 times higher. These findings substantiate the importance of analyzing this group and age range carefully, inasmuch as the absence of hormonal protection may increase ACD risk and ultimately influence HDL antioxidant activity due to its direct action on PON1. Triglycerides (TG)/HDL-C ratio indicates cardiovascular risk and impaired reverse cholesterol transport.