OBJETIVO: Caracterizar a interferência da tontura na qualidade de vida de adultos com migrânea qualificando seus efeitos impostos no cotidiano destes indivíduos nos aspectos físico, emocional e funcional, por meio do questionário DHI (Dizziness Handicap Inventory) Versão Brasileira. MÉTODOS: Foram avaliados 25 pacientes adultos com diagnóstico de migrânea, de ambos os gêneros, com idades variando entre 20 e 80 anos. Os pacientes que apresentaram queixa de tontura responderam ao questionário DHI Versão Brasileira, que avalia a interferência da tontura na qualidade de vida dos pacientes, abordando os aspectos emocional, físico e funcional. RESULTADOS: Dos 25 pacientes com migrânea entrevistados, 80% apresentaram queixa de tontura, dos quais 90% eram do gênero feminino. Os aspectos funcionais e físicos tiveram frequências de respostas semelhantes, comparadas entre si, diferenciando-se do emocional, que gerou mais inconsistências de respostas, além de ter apresentado um menor índice das mesmas, sendo este o aspecto que menos afeta a vida desses pacientes. CONCLUSÃO: O aspecto funcional foi o mais prejudicado na qualidade de vida dos pacientes pesquisados, seguido do aspectos físico e emocional, respectivamente. O DHI mostrou-se um instrumento fundamental como complemento na avaliação e no acompanhamento da evolução clínica desses indivíduos.
PURPOSE: To characterize the interference of dizziness in the quality of life of adults with migraine by describing its effects on the physical, emotional and functional aspects of the daily life of these individuals, using the questionnaire DHI (Dizziness Handicap Inventory) Brazilian Version. METHODS: Twenty-five adult patients of both genders, with ages between 20 and 80 years and diagnosis of migraine were evaluated. The subjects with dizziness complaints completed the DHI questionnaire Brazilian Version, which assesses the interference of dizziness in the quality of life of individuals, regarding physical, emotional and functional aspects. RESULTS: From the 25 patients with migraine interviewed, 80% presented dizziness complaint, and 90% of these were women. Functional and physical aspects had similar responses, compared to each other, which were different from the emotional aspect, which presented more inconsistent answers and a lower score. The emotional aspect was the one that less affected the patients' lives. CONCLUSION: The functional aspect was the most impaired in the quality of life of the studied patients, followed by physical and emotional aspects, respectively. The DHI proved to be an essential instrument to complement patients' assessment and for the monitoring of their clinical evolution.