O texto toma como referência a classificação das Lesões por Esforços Repetitivos na categoria de doença relacionada ao trabalho, datada de 1997, quando o Instituto Nacional de Seguridade Social investia na mudança do nome LER para DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). São discutidas as estratégias da negação do nexo como uma produção de silêncio do corpo que adoece em função do trabalho. Apresentam-se o contexto histórico da conceituação de corpo e de doença e as várias leituras que, ao se atualizarem, vão compondo e decompondo os movimentos de criação e/ou cristalização desse território. Finalmente, aponta-se a doença como resistência do corpo aos seus constrangimentos.
The text refers to the classification of "Repetitive Strain Injury" in the category of disease related to work, in 1997, when the National Institute of Social Security decided to change the name from RSI to "Musculoskeletal Disorders Related to Work". It discusses the strategies of denying it as a product of the silence of the body that gets sick because of work. The historical context of the concepts of body and disease, and the several views that, updated, will compose and decompose the movements of creation and/or crystallization of that territory. Finally, the disease is pointed as the body's resistance to constraints.
Le texte prend comme référence la classification des LER dans la catégorie de maladie en rapport avec le travail dévéloppé, en 1997, quand l'Institut National de Sécurité Sociale a changé le nom LER pour DORT ("Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho"). On discute les stratégies de dénégation du rapport comme une production de silence du corps qui est malade à cause du labeur. On discute aussi le contexte historique du corps et du concept de maladie, et les plusieurs lectures qui, modernisées, vont composer et décomposer les mouvements de cristallisation et/ou de la création de ce territoire. Finalement, la maladie est considerée une résistance du corps aux contraintes.