ABSTRACT Objective: to analyze the care provided to women in situations of sexual violence, from the perspective of professionals and from the perspective of the Universal Declaration of Bioethics and Human Rights. Method: a qualitative, exploratory and descriptive study, conducted in a municipality in the north-central region of the state of Rio Grande do Sul, with 30 professionals from the multiprofessional team of intersectoral care services for women in situations of sexual violence. Data collection was conducted through semi-structured interview from January to April 2016. The results were subjected to Thematic Content Analysis. Results: four thematic categories emerged, entitled: principle of respect for human vulnerability and personal integrity, in which situations of vulnerability surrounding women are found; principle of non-discrimination and non-stigmatization: services with adequate structures, confidentiality of information, acceptance, unprejudiced practices and/or judgments in care; principle of human dignity and human rights, agile actions, prudence, articulation with other services, the role of the state and public policies are mentioned; and principle of autonomy and individual responsibility: in decision making, the importance of emancipation and empowerment. Conclusion: professionals face the challenge of facing a grievance surrounded by vulnerabilities and sometimes are not supported to meet the complex demands of women in situations of sexual violence. Protective public policies and care-based on user embracement are ways to minimize trauma and can encourage women to access services.
RESUMEN Objetivo: analizar la atención brindada a las mujeres en situaciones de violencia sexual, desde la perspectiva de los profesionales y desde la Declaración Universal de Bioética y Derechos Humanos. Método: estudio cualitativo, exploratorio y descriptivo, realizado en un municipio de la región centro-norte del estado de Rio Grande do Sul, con 30 profesionales del equipo multidisciplinario de servicios de atención intersectorial para mujeres en situaciones de violencia sexual.La recopilación de datos se realizó mediante una entrevista semiestructurada de enero a abril de 2016. Los resultados se sometieron a análisis de contenido temático. Resultados: surgieron cuatro categorías temáticas, tituladas: principio de respeto a la vulnerabilidad humana e integridad personal, en el que se encuentran situaciones de vulnerabilidad en torno a las mujeres; principio de no discriminación y no estigmatización: servicios necesarios con estructuras adecuadas, confidencialidad de la información, recepción, prácticas sin prejuicios y / o juicios de asistencia; principio de dignidad humana y derechos humanos, se mencionan acciones ágiles, prudencia, articulación con otros servicios, el papel del estado y las políticas públicas; y principio de autonomía y responsabilidad individual: en la toma de decisiones, la importancia de la emancipación y el empoderamiento. Conclusión: los profesionales enfrentan el desafío de enfrentar una queja rodeada de vulnerabilidades y, a veces, no reciben apoyo para satisfacer las complejas demandas de las mujeres en situaciones de violencia sexual. Las políticas públicas de protección y la atención basada en el huésped son formas de minimizar el trauma y pueden alentar a las mujeres a acceder a los servicios.
RESUMO Objetivo: analisar o atendimento a mulheres em situação de violência sexual, na ótica dos profissionais e na perspectiva da Declaração Universal de Bioética e Direitos Humanos. Método: estudo qualitativo, de abordagem exploratória e descritiva, realizado em um munícipio na região centro-norte do Estado do Rio Grande do Sul, com 30 profissionais da equipe multiprofissional dos serviços intersetoriais de atendimento a mulheres em situação de violência sexual. Coleta de dados realizada por meio da entrevista semiestruturada de janeiro a abril de 2016. Os resultados foram submetidos a Análise de Conteúdo Temática. Resultados: emergiram quatro categorias temáticas, intituladas: princípio do respeito pela vulnerabilidade humana e integridade pessoal, em que são constatadas situações de vulnerabilidade que cercam a mulher; princípio da não discriminação e não estigmatização: necessários serviços com estruturas adequadas, confidencialidade das informações, acolhida, práticas sem preconceitos e/ou julgamentos no atendimento; princípio da dignidade humana e direitos humanos, para tanto são mencionadas ações ágeis, prudência, articulação com outros serviços, a função do Estado e políticas públicas; e princípio da autonomia e reponsabilidade individual: na tomada de decisão, a importância da emancipação e empoderamento. Conclusão: profissionais enfrentam o desafio de estar diante de um agravo cercado por vulnerabilidades e, por vezes, não estão respaldados para atender as complexas demandas da mulher em situação de violência sexual. Políticas públicas de proteção e o atendimento pautado pela acolhida são formas de minimizar o trauma sofrido e podem encorajar a mulher para acessar os serviços.