Resumo A sociologia relacional não é um paradigma, mas um conjunto temático de teorias que tomam a relação como sua categoria central. Nesse conjunto há, basicamente, as abordagens estrutural-relacional e interacionista-processual, que navegam sob uma mesma bandeira, em tensão uma com a outra. A tarefa da teoria relacional geral é unificar essas duas abordagens, muito embora nada indique que tal teoria unificada esteja ao alcance. Nesse artigo, faço um mapeamento inicial do campo. Proponho considerarmos Karl Marx, Georg Simmel, Gabriel Tarde e Marcel Mauss os primeiros teóricos relacionais e argumento que, juntos, eles formam um sistema. De modo similar, distingo quatro constelações relacionais e defendo que uma teoria social relacional precisa entrelaçar sistematicamente estruturalismo, processualismo, interacionismo e simbolismo em uma teoria geral que articule estrutura, cultura e prática.
Abstract Relational sociology is not a paradigm, but a thematic cluster of theories that take the relation as their central category. Within the cluster, there are, basically, two approaches, a relational-structural one and a processual-interactionist one, that fly under the same flag but are in tension with each other. The task of general relational theory is to unify these two approaches, though nothing indicates that such a unified theory is at hand. In this chapter, I do some initial mapping of the field. I propose Karl Marx, Georg Simmel, Gabriel Tarde and Marcel Mauss as prime relational theorists and suggest that, together, they form a system. Similarly, I distinguish four relational constellations and argue that a relational social theory needs to systematically interweave structuralism, processualism, interactionism and symbolism into a general theory that articulates structure, culture and practices.