O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da hipertermia no dia da inseminação artificial (IA) até o 13º dia de gestação, sobre o desempenho reprodutivo de leitoas e porcas. No experimento 1, as 488 fêmeas foram divididas em dois grupos de acordo com a temperatura retal no dia da primeira inseminação artificial (IA), respectivamente, G1 = £39,5ºC (normotermia) e G2 = >39,5ºC (hipertermia). As fêmeas com hipertermia apresentaram taxas de retorno ao estro (TRE) maiores e taxas de parto (TP) e tamanho de leitegada (TL) menores (p<0,05), quando comparadas às fêmeas com normotermia. No experimento 2, as 764 fêmeas foram classificadas em quatro grupos, respectivamente, G1 = hipertermia no dia da IA; G2 = hipertermia em um dos primeiros 4 dias após a IA; G3 = hipertermia em pelo menos um dia nos dois períodos anteriores e G4 = hipertermia do 10º ao 13º dia de gestação. Fêmeas com hipertermia no dia da primeira IA e no período inicial de gestação apresentaram maior TRE e menor TP no G1 e G2 (p£ 0,01) e o TL foi menor (p<0,01) nos grupos G1, G2 e G3, quando comparado às fêmeas com normotermia. Na fase de ligação embrio-maternal (G4), não foram observadas diferenças entre as fêmeas com normotermia e hipertermia. O experimento 3, no qual foram acompanhadas 102 leitoas, das quais 88 foram abatidas aos 29-34 dias de gestação, mostrou uma maior taxa de retorno ao estro (TRE) (p£ 0,01) e menor taxa de prenhez (TPr) (p£ 0,05), além de um menor número médio de embriões viáveis (NEV) e menor taxa de sobrevivência embrionária (SE) (p<0,05), nas leitoas com hipertermia. Com base nesses resultados, pode-se concluir que fêmeas com hipertermia no dia da IA e nos primeiros quatro dias após, podem apresentar prejuízos para o desempenho reprodutivo.
The objective of this study was to evaluate the effect of hyperthermia at the day of artificial insemination (AI) up to day 13th on reproductive performance of gilts and sows. In the experiment 1, 488 females were divided in two groups according to the rectal temperature: G1= £ 39.5ºC (normothermia), and G2 = > 39.5ºC (hiperthermia). The females having hyperthermia showed higher return to estrus rate (ERR), and lower farrowing rate (FR) and litter size (LS) (p<0.05) than females having normothermia. In the second experiment, 764 females were grouped in four groups: G1 = hyperthermia on the day of AI; G2 = hyperthermia on one of the first four days after AI; G3 = hyperthermia in one day of the first two groups, and, G4 = hyperthermia betwen 10-13th day of pregnancy. Females having hyperthermia at the day of the first AI and during the first four days after AI, had a higher ERR and lower FR (p<0.01) in G1 and G2, and lower LS in G1, G2 and G3 (p<0.01), than the females with normothermia. There were not differences among the females havig hyperthermia or normothermia in G4. In the experiment 3, from 102 gilts, 88 were slaughtered from 29 to 34 days after AI. The ERR were higher (p<0.01)and the pregnant rate (PR) at up to 24 days, the number of viable embryos (NVE) and the embryo survival rate (ESR) were lower in females having hyperthermia (p<0.05). In conclusion, hyperthermia at the day of the first AI and during the first four days after AI can be deleterious to the female reproductive performance.