Para contribuir para o desenvolvimento de produtos antibacterianos obtidos de própolis produzidos por abelhas nativas do Brasil, 29 tipos de própolis coletados de diferentes colméias no Estado de Minas Gerais, Brasil, foram avaliados quanto à atividade in vitro contra Aeromonas hydrophila, Bacillus subtilis, Pseudomonas aeruginosa, e Staphylococcus aureus. Dentre as amostras de abelhas nativas, somente a de Frieseomelitta varia (Lepeletier, 1836) inibiu, em teste in vitro, o crescimento bacteriano. Consequentemente, essa própolis foi submetida a métodos cromatográficos para o fracionamento biomonitorado por teste de difusão em Agar com as referidas bactérias, o que resultou no isolamento e identificação do ácido 3,5-diprenil-4-hidroxicinâmico (artepelin C), que apresentou CIM de 62,5 e 250 µg/mL frente a B. subtilis e S. aureus, respectivamente. Esses resultados indicam o potencial de F. varia para a produção de própolis terapêutica.
To contribute to the development of antibacterial products from propolis produced by native Brazilian bees, twenty-nine samples of propolis collected from hives in the state of Minas Gerais, Brazil, were screened for in vitro activity against Aeromonas hydrophila, Bacillus subtilis, Pseudomonas aeruginosa, and Staphylococcus aureus. Among the samples from native Brazilian bees, only that from Frieseomelitta varia (Lepeletier, 1836) inhibited in vitro bacterial growth. Consequently, this propolis underwent fractionation by chromatographic methods monitored through Agar-diffusion assays with these bacteria, which resulted in the isolation and identification of 3,5-diprenyl-4-hydroxycinnamic acid (artepillin C), which showed MIC of 62.5 and 250 µg/mL against B. subtilis and S. aureus, respectively. This result indicates the potential of F. varia to produce therapeutic propolis.