Este artigo analisa a percepção das mulheres executivas que chegaram ao topo da hierarquia organizacional das grandes empresas no Brasil sobre os desafios à sua carreira. O referencial teórico explora os determinantes de sucesso na carreira: estrutura, o capital humano, a família, socioeconômicos, investimentos no trabalho e expectativas de recompensa. O artigo baseia-se em um método misto quantitativo-qualitativo. A pesquisa quantitativa contou com 965 respondentes, sendo 222 mulheres, numa amostra de 344 dentre as maiores empresas do país. A pesquisa qualitativa contou com 263 respondentes, dentre os quais 48 mulheres, em 10 grandes empresas de vários setores. Os resultados mostram que os obstáculos às altas exigências da carreira são colossais: preconceitos arraigados; pressão do relógio biológico; sobrecarga com os cuidados com os filhos versus jornada de trabalho muito extensa; dificuldades com o parceiro amoroso. Apesar de tudo, ainda que estejam insatisfeitas com o desequilíbrio entre seu tempo de trabalho e o de não trabalho, as mulheres executivas continuam apostando na carreira.
This article analyses the views of female Brazilian executives who have reached the top of the organizational hierarchy on the challenges they face in their careers. The theoretical framework discusses career success determinants: structure, human capital, family, socioeconomic factors, investment in career and reward expectations. The article is based on a quantitative-qualitative methodological approach. The quantitative research collected data from 965 people, of whom 222 were female managers, from 344 of Brazil’s largest corporations. The qualitative research is based on 263 interviews, of which 48 are with women, in 10 large corporations from several economic sectors. Results show that there are enormous obstacles to female careers: deep-rooted prejudice; biological pressure to have children; overload, with concerns relating to their children versus over-long working hours; difficult relations with their partners. Despite everything, even though they are unsatisfied with the lack of balance between working and non-working times, female executives do not intend giving up their careers.
Este artículo analiza la percepción de las mujeres ejecutivas que llegaron a la cumbre de la jerarquía organizacional de las grandes empresas en Brasil, sobre los desafíos de su carrera. El referencial teórico explora los determinantes de éxito en la carrera: estructura, capital humano, familia, socioeconómicos, inversión en el trabajo y expectativa de recompensa. El artículo se basa en un método mixto cuantitativo-cualitativo. La encuesta cuantitativa contó con 965 encuestados, de los cuales 222 eran mujeres, en una muestra de 344 empresas entre las mayores del país. La encuesta cualitativa contó con 263 encuestados, entre los cuales 48 eran mujeres, en 10 grandes empresas de varios sectores. Los resultados muestran que los obstáculos en dirección a las altas exigencias de la carrera son colosales: prejuicios arraigados; presión del reloj biológico; sobrecarga por el cuidado de los hijos versus jornada de trabajo muy extensa; dificultades con su pareja. A pesar de todo, aunque estén insatisfechas con el desequilibrio entre el tiempo de trabajo y el de no trabajo, las mujeres ejecutivas continúan apostando en la carrera.