OBJETIVOS: Desenvolver um sistema de pontuação (Score) baseado nos achados clínicos para auxiliar os pediatras no diagnóstico clínico da Síndrome de Williams-Beuren e na indicação do teste de hibridização in situ por fluorescência para detectar a microdeleção em 7q11.23. MÉTODOS: O teste de hibridização in situ por fluorescência foi feito em 20 acometidos pela Síndrome de Williams-Beuren, nos quais 42 achados clínicos foram estudados. Para estabelecer quais desses achados estariam associados ao teste de hibridização in situ por fluorescência positivo, realizou-se uma metanálise com 11 trabalhos da literatura em que havia dois grupos, hibridização in situ por fluorescência positivo e negativo. As freqüências dos achados presentes nos indivíduos fluorescência positivo e fluorescência negativo neste estudo foram comparadas em conjunto com os pacientes da literatura através do teste exato de Fisher. Elaboramos um sistema de pontuação (score) baseado nos achados que mostraram correlação significante (p<0,001) para os pacientes hibridização in situ por fluorescência positivo. Determinamos os valores correspondentes aos percentis baseados na média e desvio-padrão, calculados a partir dos 20 pacientes do presente trabalho. RESULTADOS: Dezessete pacientes foram hibridização in situ por fluorescência positivo e três, negativo. Os achados mais discriminativos nos hibridização in situ por fluorescência positivo (3 pontos no score) foram: fáceis típico, baixo peso ao nascimento, dificuldades alimentares, obstipação, estenose aórtica supravalvar, deficiência mental e personalidade amigável.A distribuição dos valores entre os 20 pacientes variou de 19 a 28 pontos com uma média de 23,3 pontos. CONCLUSÕES: O score elaborado permitiu propor o valor de 20 pontos para a indicação do teste de hibridização in situ por fluorescência nos pacientes com suspeita clínica de Síndrome de Williams-Beuren.
OBJECTIVE: To develop a scoring system based on clinical findings to assist pediatricians in the diagnosis of William syndrome and to delineate when the fluorescent in-situ hybridization test to detect the microdeletion at 7q11.23 may be needed. METHODS: The fluorescent in-situ hybridization test was performed on 20 patients presenting William syndrome suggestive clinical features. Eleven studies were selected from the literature in which there were 2 groups: patients with positive or negative fluorescent in-situ hybridization tests. Forty-two clinical characteristics were compared to those reported in the literature to determine which ones were associated with the affected patients (ie, bearing deletions) using meta-analysis. The 2-tailed Fisher exact test were used so that the frequency of findings observed in fluorescent in-situ hybridization positive and fluorescent in-situ hybridization negative patients could be compared in the present study together with the patients from the literature. We developed a scoring system based on clinical findings and their significant associations with patients with positive fluorescent in-situ hybridization tests. From themean and standard-deviation values of the data from our patients, we determined the cut-off score that that indicated the need for a fluorescent in-situ hybridization test to confirm diagnosis. RESULTS: Seventeen patients were fluorescent in-situ hybridization positive, and 3 were fluorescent in-situ hybridization negative. The more discriminative findings among fluorescent in-situ hybridization positive patients were the following: typical facies, low birth weight, feeding difficulties, constipation, supravalvar aortic stenosis, mental retardation, and friendly personality. The distribution of the points among the 20 patients ranged from 19 to 28 points with a mean value of 23.3 out of a possible total of 31 points. The cut-off score that indicated the need for a fluorescent in-situ hybridization test was 20. CONCLUSIONS: Our scoring system enables physicians to differentiate between those individuals who can be reliably diagnosed as having Williams syndrome solely from the clinical findings and those who need to undergo fluorescent in-situ hybridization testing for a correct diagnosis.