<p>Este estudo avaliou as alterações de cor, rugosidade de superfície e resistência à flexão de resinas acrílicas após imersão em soluções de peróxido alcalino e hipoclorito alcalino, simulando um período de cinco anos de uso. Sessenta corpos de prova circulares (16 mm x 4 mm) e 60 retangulares (65 mm x 10 mm x 3,3 mm) de resina acrílica termicamente ativada (Lucitone 550) foram distribuídos (n=20) em três grupos de imersão (20 min): C1: água destilada; PA: solução com água morna e uma pastilha de peróxido alcalino; HS: solução de hipoclorito de sódio a 0,5%. A alteração de cor (∆E) foi determinada por meio de colorímetro e também calculada de acordo com unidades da National Bureau of Standards (NBS). Um rugosímetro foi utilizado para mensuração da rugosidade de superfície (μm) e a resistência à flexão (MPa) foi medida utilizando uma máquina universal de ensaios. Os dados foram avaliados pelo teste de Kruskal-Wallis seguido pelo teste de Dunn (estabilidade de cor e rugosidade de superfície) e análise de variância (ANOVA) a um fator seguida pelo teste de Bonferroni (resistência à flexão). Para todos os testes foi considerado α=0,05. PA {0,79 (0,66;1,42)} causou alterações de cor significativamente maiores que C1 {0,45 (0,37;0,57)} e HS {0,34 (0,25;0,42)}. Os valores médios de ∆E quantificados pela NBS foram classificados como "indiciais" para C1 (0,43) e SH (0,31), e "leves" para PA (0,96). O HS {-0,015 (-0,023;0,003)} acarretou maiores valores de ∆Ra que C1 {0,000 (-0,004;0,010)} e PA {0.000 (-0,009;0,008)} Não houve diferença estatística significante entre as soluções para a resistência à flexão (C1: 84,62±16,00, PA: 85,63±12,99, HS: 84,22±14,72). Concluiu-se que imersões em soluções de peróxido alcalino e hipoclorito de sódio simulando imersões diárias de 20 min por um período de cinco anos não causaram efeitos adversos clinicamente significantes sobre a resina acrílica termicamente ativada.</p>
<p>This study evaluated color stability, surface roughness and flexural strength of acrylic resin after immersion in alkaline peroxide and alkaline hypochlorite solutions, simulating a five-year-period of use. Sixty disc-shaped (16x4 mm) and 60 rectangular specimens (65x10x3.3 mm) were prepared from heat-polymerized acrylic resin (Lucitone 550) and assigned to 3 groups (n=20) of immersion (20 min): C1: distilled water; AP: warm water and one alkaline peroxide tablet; SH: 0.5% NaOCl solution. Color data (∆E) were determined by a colorimeter and also quantified according to the National Bureau of Standards units. A rugosimeter was used to measure roughness (μm) and the flexural strength (MPa) was measured using a universal testing machine. Data were evaluated by Kruskal-Wallis followed by Dunn tests (color stability and surface roughness) and by one-way ANOVA and Bonferroni test (flexural strength). For all tests was considered α=0.05. AP {0.79 (0.66;1.42)} caused color alteration significantly higher than C1 {0.45 (0.37;0.57)} and SH {0.34 (0.25;0.42)}. The mean ∆Ε values quantified by NBS were classified as "trace" for C1 (0.43) and SH (0.31) and "slight" for AP (0.96). SH {-0.015 (-0.023;0.003)} caused significantly higher ΔRa than the C1 {0.000 (-0.004;0.010)} and AP {0.000 (-0.009;0.008)} groups. There was no statistically significant difference among the solutions for flexural strength (C1: 84.62±16.00, AP: 85.63±12.99, SH: 84.22±14.72). It was concluded that immersion in alkaline peroxide and NaOCl solutions simulating a five-year of 20 min daily soaking did not cause clinically significant adverse effects on the heat-polymerized acrylic resin.</p>