Foi determinada a prevalência da infecção por T. cruzi nos humanos, cães e gatos, pertencentes a 47 rancherías em três povoados rurais; Guanaco Muerto (Córdoba), La Invernada e Amamás (Santiago del Estero), mediante reações seroldgicas e xenodiagnóstico. Poram examinadas 245 pessoas, 123 cães e 14 gatos. A taxa de prevalência na população foi entre 58,7% (GM) e 49,6% (LI). Foram detectados 76% de cães infectados, o que resultou significativamente superior aos 51% encontrados nos humanos. As porcentagens de cães (64,2%) e gatos (63,6%) com parasitemia foram significativamente superiores à correspondente aos humanos (12,5%). Se bem que 79% dos gatos estavam infectados, sua pequena quantidade e seus hábitos de perambulação determinam que sua participação na transmissão doméstica do T. cruzi seja restrita. Não obstante existir em média um maior número de humanos que de cães em cada lar, tanto de sujeitos sãos como infectados (6,5 vs. 3,3 e 3,4 vs. 2,4, respectivamente), foram detectados — também na média — mais cães que humanos com parasitemia em cada casa (2,1 vs. 1,0). As altas porcentagens de cães infectados e com parasitemia, além do hábito de repouso intra-domiciliário — o qual ocasiona estreito contacto entre eles e os barbeiros — determinam que os cães sejam os principais provedores de parásitos à disposição para a transmissão, e os hospedeiros mais importantes para /nanutenção da doença de Chagas na Região do Chaco Argentino.
Trypanosoma cruzi prevalence rates of human, dog and cat populations from 47 households of 3 rural localities of the phytogeographical Chaqueña area of Argentina were determined both by serological and xenodiagnostic procedures. Human prevalence rates were uniform and ranged from 49.6 to 58.7%. Overall prevalence rate in dogs (75.0%) was significantly higher than in humans (51.0%). The overall proportion of parasitemic individuals assessed by xenodiagnosis was significantly higher in either dog (64.2%) or cat (63.6%) populations than among humans (12.5%). Although both the average number of resident as well as infected individuals per household was higher for people than for dogs (6.5 vs. 3.3, and 3.4 vs. 2.4, respectively), the reverse was recorded when parasitemic individuals were considered (1.0 vs. 2.1). Results are discussed in relation to dog between dogs and people, and dogs and bugs. In the light of present data, dogs must be considered as the major donors of parasites to vector bugs and thus, principal contributors to transmission in this region of Argentina.