Fraturas de fêmur em pessoas com idade igual ou superior a 60 anos (idosos) representam um grande impacto para a saúde pública, e estão associadas à elevada morbimortalidade e grandes custos socioeconômicos. Buscou-se descrever temporal e espacialmente os casos de fratura de fêmur em idosos de todas as regiões do país, por sexo, em um período de cinco anos. Foram realizadas descrições de série temporal e espacial bayesiana, baseadas em dados obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS), empregando modelo de regressão de Poisson, sobre os casos ocorridos entre os anos de 2008-2012. No período estudado ocorreram mais de 181 mil casos de fratura de fêmur, predominando o sexo feminino, sem correlações espaciais e diferenças temporais importantes. Apesar de não se observar predomínio de comportamento temporal e espacial, o número de casos de fratura de fêmur no Brasil é alto e com grandes custos financeiros e sociais. Políticas públicas de saúde visando a controlar os fatores predisponentes para esse evento devem ser urgentemente implementadas.
Fractures in the elderly (≥ 60 years) have a major public health impact and take a heavy social and economic toll. This article aimed to describe spatial and time trends in femoral fractures among elderly men and women in all regions of Brazil. Bayesian descriptive analyses of spatial and time series were performed on data obtained from the Hospital Information System of the Brazilian Unified National Health System, using Poisson regression for femoral fractures in individuals 60 years of age or older from 2008 to 2012. There were more than 181,000 femoral fractures during this period, predominantly in women, without important spatial correlations or temporal differences. Despite the lack of temporal and spatial correlations, the number of femoral fractures in elderly Brazilians was high, with heavy financial and social costs. Public health policies are urgently needed to control predisposing factors for femoral fractures in elderly Brazilians.
Las fracturas en personas mayores de 60 años (de edad avanzada) representan un impacto mayor de salud pública, se asocian con alta morbilidad y mortalidad y costos sociales y económicos importantes. El estudio trató de describir la evolución temporal y espacial de los casos de fractura de fémur en personas de edad ≥ 60 años en todas las regiones del país, por sexo. Se realizaron descripciones de serie temporales y espaciales, mediante el método bayesiano, basadas en los datos obtenidos por el Sistema de Información Hospitalaria del Sistema Único de Salud (SIH-SUS), empleando el modelo de regresión de Poisson, sobre los casos ocurridos entre los años 2008-2012. En el periodo se produjeron más de 181.000 casos de fractura de fémur, predominantemente femenino, sin correlaciones importantes diferencias espaciales y temporales. Aunque no observamos ningún predominio del comportamiento temporal y espacial, el número de casos de fractura de fémur es alto con grandes costos financieros y sociales. Las políticas de salud públicas, destinadas a controlar los factores que predisponen para este hecho, deben aplicarse urgentemente.