FUNDAMENTO: O tratamento da insuficiência cardíaca (IC) conta atualmente com diversos tipos de intervenções. Dentre elas, destacam-se a terapia com betabloqueadores (BB) e o treinamento físico (TF). Contudo, os efeitos da associação dessas terapias são pouco estudados. OBJETIVO: Verificar os efeitos do tratamento com BB, metoprolol (M) e carvedilol (C) associados ao TF na IC em camundongos. MÉTODOS: Utilizamos modelo genético de IC induzida em camundongos por hiperatividade simpática. Inicialmente, dividimos os animais com IC em: sedentários (S); treinados (T); tratados com M (138 mg/kg) (M) ou C (65 mg/kg) (C). Na segunda parte, dividimos os grupos em S; treinado e tratado com M (MT) e treinado e tratado com C (CT). O TF consistiu em treinamento aeróbico em esteira por 8 semanas. A tolerância ao esforço foi avaliada por teste progressivo máximo e a fração de encurtamento foi avaliada (FE) por ecocardiografia. O diâmetro dos cardiomiócitos e a fração de colágeno foram avaliados por meio de análise histológica. Os dados foram comparados por ANOVA de um caminho com post hoc de Duncan. O nível de significância foi considerado p < 0,05. RESULTADOS: Destacando FE e remodelação cardíaca, verificamos que, isoladamente, T, M e C apresentaram melhora das variáveis. Na associação, após o período de intervenção, observamos aumento da tolerância ao esforço em MT e CT (43,0% e 33,0%, respectivamente). Houve também redução do diâmetro dos cardiomiócitos (10,0% e 9,0%, respectivamente) e da fração de colágeno (52,0% e 63,0%), após a intervenção. Porém, somente CT melhorou significantemente a FE. CONCLUSÃO: A associação do TF às terapias com M ou C proporcionou benefícios sobre a função e remodelação cardíaca em camundongos com IC.
BACKGROUND: Currently there are several types of interventions for the treatment of heart failure (HF). Among these are beta-blocker therapy (BB) and physical training (PT). However, the effects of the combination of these therapies are poorly studied. OBJECTIVE: To investigate the effects of BB treatment with metoprolol (M) and carvedilol (C) associated with PT in mice with HF. METHODS: We used a genetic model of sympathetic hyperactivity-induced heart failure in mice. Initially, we divided the HF animals into three groups: sedentary (S); trained (T); treated with M (138 mg/kg) (M); or C (65 mg/kg) (C). In the second part, we divided the groups into three subgroups: sedentary (S); trained and treated with M (TM); and trained and treated with C (CT). The PT consisted of aerobic training on a treadmill for 8 weeks. Exercise tolerance was assessed by maximal graded test, and fractional shortening (FS) was assessed by echocardiography. Cardiomyocyte diameter and collagen volume fraction were evaluated by histological analysis. Data were compared by one way ANOVA and post hoc Duncan test. The significance level was set at p < 0.05. RESULTS: As to FS and cardiac remodeling, we found that, in isolation, T, M, and C showed an improvement of the variables analyzed. As to therapy combination, after the intervention period, we observed an increase in exercise tolerance in MT and CT (43.0% and 33.0% respectively). There was also a reduction in cardiomyocyte diameter (10.0% and 9.0% respectively) and in collagen volume fraction (52.0% and 63.0%) after the intervention. However, only CT significantly improved FS. CONCLUSION: The association of PT with M or C therapies provided benefits on cardiac function and remodeling in HF mice.
FUNDAMENTO: El tratamiento de la insuficiencia cardiaca (IC) cuenta actualmente con diversos tipos de intervenciones. De entre ellas podemos destacar la terapia con betabloqueantes (BB) y el entrenamiento físico (EF). Con todo, los efectos de la asociación de estas terapias son poco estudiados. OBJETIVO: Verificar los efectos del tratamiento con BB, metoprolol (M) y carvedilol (C) asociados al EF en la IC en ratones. MÉTODOS: Utilizamos modelo genético de IC inducida en ratones por hiperactividad simpática. Inicialmente, dividimos los animales con IC en: sedentarios (S); entrenados (E); tratados con M (138 mg/kg) (M) o C (65 mg/kg) (C). En la segunda parte, dividimos los grupos en S; entrenado y tratado con M (ME) y entrenado y tratado con C (CE). El EF consistió en entrenamiento aeróbico en estera por 8 semanas. La tolerancia al esfuerzo se evaluó por prueba progresivo máxima y la fracción de acortamiento se evaluó (FE) por ecocardiografía. El diámetro de los cardiomiocitos y la fracción de colágeno fueron evaluados por medio de análisis histológico. Los dados fueron comparados por ANOVA de un camino con post hoc de Duncan. El nivel de significancia se consideró como p < 0,05. RESULTADOS: Destacando FE y remodelación cardíaca, verificamos que, aisladamente, E, M y C presentaron mejora de las variables. En la asociación, tras el período de intervención, observamos aumento de la tolerancia al esfuerzo en ME y CE (el 43% y el 33%, respectivamente). Hubo también reducción del diámetro de los cardiomiocitos (el 10% y el 9%, respectivamente) y de la fracción de colágeno (el 52% y el 63%), tras la intervención. Sin embargo, solamente CE mejoró significantemente la FE. CONCLUSIÓN: La asociación del EF a las terapias con M o C proporcionó beneficios sobre la función y remodelación cardíaca en ratones con IC.</