O artigo busca examinar o movimento conhecido como “coletes amarelos”, ocorrido na França, em seus desenvolvimentos e principais reivindicações expostas até janeiro de 2019. Primeiramente, realiza-se uma discussão teórica acerca da crise da democracia representativa, buscando ligar o movimento que teve início em 2018 àqueles que ocorreram 50 anos atrás, em maio de 1968. Nesse sentido, procura-se estabelecer uma linha de continuidade entre movimentos que exigem uma real democratização do poder. Em segundo lugar, tenta-se destacar as possíveis contribuições do movimento dos coletes amarelos à uma concepção de ciência política e de democracia mais aberta e plural.
This article examines the movement known as “yellow jackets”, occurred in France, considering its main developments and demands until January 2019. The argument is first developed through a theoretical discussion about the crisis of representative democracy, intending to connect the movement that began in 2018 to those that occurred 50 years ago, in May 1968. In this regard, I searched to establish a line of continuity between those movements that demand a real democratization of power. In second place, the article highlights some possible contributions from the yellow jackets movement to a more open and plural conception of democracy and political science.
L’article examine les principaux développements et demandes du mouvement connu sous le nom de « Gilets Jaunes », apparu en France, jusqu’au Janvier 2019. L’argument est développé premièrement par une discussion théorique sur la crise de la démocratie représentative en reliant le mouvement commencé en 2018 avec lesquels qui se sont passés il y a 50 années, en mai 1968. À cet égard, on cherche établir une ligne de continuité entre ces mouvements qui demandent une réelle démocratisation du pouvoir. Ensuite, l’article souligne quelques possibles contributions des Gilets Jaunes à une conception plus ouvert et pluriel de démocratie et de science politique.