Resumo Contexto Não há consenso na literatura médica sobre qual técnica é a ideal para aplicação do endolaser. Objetivos Avaliar a segurança e a eficácia do endolaser ecoguiado em tempo real para termoablação da veia safena magna (VSM) insuficiente, sem intumescência perivenosa. Métodos Trinta e quatro membros de pacientes em estágio clínico CEAP 2 a 6, com incompetência bilateral da junção safeno-femoral e da VSM, confirmada por eco-Doppler, foram submetidos à terapia por endolaser e acompanhados por um período de um ano. A aplicação foi feita por meio de fibra condutora de 600 µ, introduzida por via endovenosa, ao nível da região perimaleolar por toda VSM, sentido anterógrado, utilizando laser diodo com 15 w de potência e 980 nm de comprimento de onda, no modo contínuo, guiado por eco-Doppler, e forma padronizada para monitoração em tempo real da termoablação de toda a veia-alvo. Foram anotados os efeitos adversos e as complicações. Resultados Dos 34 membros tratados, 2,9% apresentaram hiperestesia, celulite e cordão fibroso, todos transitórios; em 8,8%, constatou-se hipoestesia perimaleolar, transitória e sem repercussão clínica; não houve relato de trombose venosa profunda. Das 34 safenas fotocoaguladas, houve 100% de oclusão imediata, uma recanalização sem refluxo no controle de um mês e 100% de oclusão após seis meses e um ano, mostrado pelo eco-Doppler. Conclusões Ablação utilizando endolaser 980 nm, ecoguiado em tempo real, sem intumescência perivenosa, promoveu fotocoagulação suficientemente controlada, com oclusão imediata e em médio prazo da VSM, de forma segura e eficaz, e configura-se como método terapêutico recomendável para o tratamento da doença venosa crônica.
Abstract Background There is no consensus in the medical literature on the ideal procedure for endovenous laser application. Objective To assess the safety and efficacy of real time echo-guided endovenous laser for thermal ablation of great saphenous vein (GSV) incompetence, without perivenous tumescence. Methods Thirty-four limbs of patients with CEAP clinical scores of 2 to 6 and bilateral incompetence of the saphenofemoral junction (SFJ) and GSV, confirmed by Echo-Doppler, underwent endovenous laser therapy and were followed for 1 year. Laser ablation was performed using a 600 µ bare optical fiber introduced endovenously close to the malleolus along the full extent of the GSV in an anterograde direction, using a standardized echo-Doppler-guided AND? 15 watt continuous mode 980 nm diode laser with real-time monitoring of thermal ablation of the whole target vein. Adverse effects and complications were recorded. Results Hyperesthesia, cellulitis, and fibrous cord, all transitory, developed in 2.9% of the 34 limbs treated; 8.8% developed hypoesthesia in the perimalleolar region, which was transitory and had no clinical consequences; there were no cases of deep venous thrombosis. Immediate occlusion was achieved in 100% of the 34 saphenous veins that underwent photocoagulation, although one exhibited recanalization without reflux at 1-month follow-up. After 6 months and 1 year, occlusion was 100% according to echo-Doppler findings. Conclusions Real-time echo-guided 980 nm endovenous laser ablation without perivenous tumescence provided controlled thermal ablation with safe, effective, immediate and medium-term GSV occlusion and can therefore be recommended as a method for the treatment of chronic venous disease.