O objetivo foi descrever a prevalência de ganho de peso gestacional e a retenção de peso após 3 e 12 meses do parto, e identificar possíveis desigualdades socioeconômicas no ganho de peso gestacional adequado. Realizou-se um estudo longitudinal com dados da coorte de nascimentos de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, 2015. O ganho de peso gestacional foi classificado segundo o Instituto de Medicina dos Estados Unidos. A retenção de peso aos 3 e 12 meses foi calculada considerando-se o peso da mãe em cada período, subtraído do peso pré-gestacional. Para identificar as possíveis desigualdades, utilizou-se o Slope Index (SII) e o Concentration Index (CIX). A amostra analítica incluiu as mães com informações para o desfecho em estudo (n = 4.102). A prevalência de ganho de peso gestacional adequado foi de 33,5% (IC95%: 32,1; 35,0). Foram encontradas desigualdades discretas na prevalência de ganho de peso adequado entre as menos escolarizadas [CIX = 1,88 (IC95%: -0,76; 4,52); SII = 4,27 (IC95%: -0,87; 9,41)] e entre as mães pertencentes ao quinto mais pobre - 1º quinto - [CIX = 1,04 (IC95%: -1,60; 3,67); SII = 2,93 (IC95%: -2,06; 7,92)], porém, estas diferenças não foram estatisticamente significativas. A média de retenção de peso pós-parto foi de 2,3kg (DP = 6,4) e de 1,4kg (DP = 8,8) após 3 e 12 meses do parto, respectivamente. Um terço das mulheres apresentou ganho de peso considerado adequado. As desigualdades observadas na prevalência de ganho de peso gestacional adequado com relação à menor escolaridade materna e quinto mais pobre de renda não foram estatisticamente significativas.
The study’s objectives were to describe the prevalence of gestational weight gain and weight retention at 3 and 12 months postpartum and to identify possible socioeconomic inequalities in adequate gestational weight gain. A longitudinal study was performed with data from the 2015 Pelotas, Rio Grande do Sul State, Brazil, birth cohort. Gestational weight gain was classified according to the US Institute of Medicine guidelines. Weight retention at 3 and 12 months was calculated according to the mother’s weight at each period, subtracting pregestational weight. To identify possible inequalities, the study used Slope Index (SII) and Concentration Index (CIX). The sample included mothers with information on the study’s outcome (n = 4,102). Prevalence of adequate gestational weight gain was 33.5% (95% confidence interval - 95%CI: 32.1; 35.0). Slight inequalities were observed in the prevalence of adequate weight gain in mothers with less schooling [CIX = 1.88 (95%CI: -0.76; 4.52); SII = 4.27 (95%CI: -0.87; 9.41)] and in mothers belonging to the poorest income quintile- 1st quintile- [CIX = 1.04 (95%CI: -1.60; 3.67); SII = 2.93 (95%CI: -2.06; 7.92)], but these differences were not statistically significant. Mean postpartum weight gain was 2.3kg (standard deviation - SD = 6.4) and 1.4kg (SD = 8.8) at 3 and 12 months, respectively. One-third of the women showed adequate weight gain. The observed inequalities in prevalence of adequate gestational weight gain in women with less schooling and in the poorest income quintile were not statistically significant.
El objetivo fue describir la prevalencia de ganancia de peso gestacional y retención de peso, tras 3 y 12 meses después del parto, así como identificar posibles desigualdades socioeconómicas en el aumento de peso gestacional adecuado. Estudio longitudinal con datos de la cohorte de nacimientos de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, de 2015. La ganancia de peso gestacional se clasificó según el Instituto de Medicina de los Estados Unidos. La retención de peso a los 3 y 12 meses se calculó considerando el peso de la madre en cada período sustraído del peso pregestacional. Para identificar las posibles desigualdades se utilizó el Slope Index (SII) y el Concentration Index (CIX). La muestra analítica incluyó a madres con información para el resultado en estudio (n = 4.102). La prevalencia de ganancia de peso gestacional adecuado fue de 33,5% (intervalo de 95% de confianza - IC95%: 32,1; 35,0). Fueron encontradas desigualdades discretas en la prevalencia de ganancia de peso adecuado entre las menos escolarizadas [CIX = 1,88 (IC95%: -0,76; 4,52); SII = 4,27 (IC95%: -0,87; 9,41)] y, entre las madres pertenecientes al quinto más pobre- 1er quinto- [CIX = 1,04 (IC95%: -1,60; 3,67); SII = 2,93 (IC95%: -2,06; 7,92)], a pesar de que esas diferencias no fueron estadísticamente significativas. La media de retención de peso pos-parto fue de 2,3kg (desviación estándar - DE = 6,4) y de 1,4kg (DE = 8,8), tras 3 y 12 meses del parto, respectivamente. Un tercio de las mujeres tuvieron una ganancia de peso considerada adecuada. Las desigualdades observadas en la prevalencia de ganancia de peso gestacional adecuada, en relación con una menor escolaridad materna y el quinto más pobre de renta, no fueron estadísticamente significativas.