Resumo Os sintomas respiratórios, principalmente o desenvolvimento de quadros de síndrome do desconforto respiratório agudo grave, dominam a discussão e as preocupações iniciais da população e dos profissionais de saúde. Entretanto, o sistema cardiovascular é bastante afetado por essas condições e, muitas vezes, é o responsável por complicações e mortalidade desses pacientes. Com o objetivo de mostrar as implicações cardiovasculares em pacientes infectados pela COVID-19 e a importância do isolamento social como alternativa de frear a disseminação da doença, foi realizada uma revisão da literatura com base em 37 artigos, nos idiomas inglês, português e espanhol, disponíveis na plataforma Scielo e PubMed. Os resultados mostraram que complicações cardíacas associadas à infecção pela COVID-19 são semelhantes às produzidas por: síndrome respiratória aguda grave (SARS), síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS) e influenza. Contudo, a COVID-19 apresenta uma contaminação muito maior e mais rápida e, ao contrário da gripe por influenza, ainda não existe vacina disponível ou tratamento. Diante disso, o isolamento social passa a ser uma ferramenta que pode reduzir e achatar a curva de casos incidentes e assim preservar as pessoas que se enquadrem no grupo de risco, diminuindo as chances de quadros graves da doença, possíveis óbitos e o colapso no sistema de saúde do país.
Abstract Respiratory symptoms, especially the development of severe acute respiratory distress syndrome, dominate the discussion and initial concerns of the population and health professionals. However, the cardiovascular system is greatly affected by these conditions and is often responsible for complications and mortality of these patients. In order to show the cardiovascular implications in patients infected with COVID-19 and the importance of social isolation as an alternative to curb the spread of the disease, a literature review was carried out based on 37 articles, in English, Portuguese and Spanish, available on Scielo and PubMed. The findings showed that cardiac complications associated with COVID-19 infection are similar to those produced by: severe acute respiratory syndrome (SARS), Middle East respiratory syndrome (MERS) and influenza. However, COVID-19 has a much greater and faster contamination and, unlike influenza, there is no vaccine or treatment available yet. In view of this, social isolation becomes a tool that can reduce and flatten the curve of cases and thus protect the people at higher risk, decreasing the chances of serious conditions related to the disease, potential deaths and the collapse of the country’s health system.