INTRODUÇÃO: A cirurgia cardíaca tem sido a intervenção de escolha em muitos casos de doenças cardiovasculares. Pela susceptibilidade a complicações pós-operatórias, a reabilitação cardíaca é indicada. Recursos terapêuticos, como a realidade virtual, tem favorecido o processo reabilitacional. O objetivo do estudo foi avaliar o uso da realidade virtual na reabilitação funcional de pacientes pós-cirurgia cardíaca. MÉTODOS: Os pacientes foram randomizados em dois grupos, Realidade Virtual (GRV, n=30) e Grupo Controle (GC, n=30). A resposta ao tratamento foi avaliada por meio do Questionário de Medida de Independência Funcional (MIF), Teste de caminhada de 6 minutos e do Perfil de Saúde de Nottingham (PSN). Os questionários foram aplicados no pré e pós-operatório. RESULTADOS: No primeiro dia de pós-operatório, os pacientes de ambos os grupos demonstraram diminuição do desempenho funcional. No entanto, essa perda foi menor no GRV (45,712,3) em relação ao GC (35,0612,09, P<0,05), sem diferença significativa no momento da alta hospitalar (P>0,05). Na avaliação do PSN, foi observada menor intensidade da dor no terceiro momento de avaliação no GRV (P<0,05). Esses pacientes também apresentaram maior nível de energia na primeira avaliação (P<0,05). Não foram encontradas diferenças com significância estatística para reações emocionais, habilidade física e interação social. O tempo de internação foi significativamente menor nos pacientes do GRV (P<0,05), que também apresentaram maior distância percorrida no TC6 (319,9119,3 metros vs. 263,5115,4 metros, P<0,02). CONCLUSÃO: O tratamento com a realidade virtual foi eficaz em proporcionar melhor desempenho funcional pós-operatório.
INTRODUCTION: Cardiac surgery has been the intervention of choice in many cases of cardiovascular diseases. Susceptibility to postoperative complications, cardiac rehabilitation is indicated. Therapeutic resources, such as virtual reality has been helping the rehabilitational process. The aim of the study was to evaluate the use of virtual reality in the functional rehabilitation of patients in the postoperative period. METHODS: Patients were randomized into two groups, Virtual Reality (VRG, n = 30) and Control (CG, n = 30). The response to treatment was assessed through the functional independence measure (FIM), by the 6-minute walk test (6MWT) and the Nottingham Health Profile (NHP). Evaluations were performed preoperatively and postoperatively. RESULTS: On the first day after surgery, patients in both groups showed decreased functional performance. However, the VRG showed lower reduction (45.712.3) when compared to CG (35.0612.09, P<0.05) in first postoperative day, and no significant difference in performance on discharge day (P>0.05). In evaluating the NHP field, we observed a significant decrease in pain score at third assessment (P<0.05). These patients also had a higher energy level in the first evaluation (P<0.05). There were no differences with statistical significance for emotional reactions, physical ability, and social interaction. The length of stay was significantly shorter in patients of VRG (9.410.5 days vs. 12.2 1 0.9 days, P<0.05), which also had a higher 6MWD (319.9119.3 meters vs. 263.5115.4 meters, P<0.02). CONCLUSION: Adjunctive treatment with virtual reality demonstrated benefits, with better functional performance in patients undergoing cardiac surgery.