Este artigo trata de uma pesquisa realizada com quinze mulheres entre 20 e 35 anos com o objetivo de apreender a representação de identidade feminina, o lugar atribuído à mulher na família e no trabalho, as relações de gênero e as relações de poder. Utilizamos uma entrevista semiestruturada com roteiro, que foi gravada, transcrita literalmente e analisada pelo método da Análise de Conteúdo. Os resultados mostram identidades femininas múltiplas, mulheres ocupando novas posições de sujeito, o trabalho feminino assalariado possibilitando o atravessamento das fronteiras entre os espaços público e privado e novas modalidades de relacionamento entre os gêneros. Por fim, evidencia-se que a noção de identidade de gênero é contingencial e histórica, sendo cultural e socialmente engendrada e passível de ser questionada.
This article presents a qualitative research with fifteen women between 20 and 35 years old. The objective of the study was to apprehend their representation about Feminine Identity, inquiring the place attributed to women in family and at work, including gender and power relations. Hence, a semi-structured interview was applied, recorded and literally transcripted for later analysis. The data shows multiples feminine identities: women occupying new subject-positions; feminine work enabling the crosswalk between public and private spaces; and new modalities of gender relations. At last, the notion of gender identity is considered to be historical; as a cultural identity socially constructed, therefore possible to be putted into question.
En este artículo se aborda una investigación hecha con quince mujeres en la franja de edad entre 20 y 35 años, cuyo objetivo principal ha sido aprehender la representación de Identidad Femenina, el lugar atribuido a la mujer en la familia y en el trabajo; las relaciones de género y las relaciones de poder entre los géneros. Utilizamos la entrevista en profundidad con guión, que ha sido grabada y transcrita literalmente y sometida a un Análisis de Contenido. Los resultados apuntan identidades femeninas múltiplas; mujeres poniéndose en posiciones de sujeto distintas de las tradicionales; el trabajo femenino asalariado les posibilita atravesar las fronteras entre los espacios público y privado; se presencia nuevas relaciones entre los géneros. Por fin, se confirma que el concepto de identidad de género es contingente e histórico, cultural y socialmente construido y, por eso mismo, puede ser cuestionado.