O diabetes tipo 1A (DM1) é causado por mecanismo auto-imune contra células beta em indivíduos com predisposição genética. Auto-anticorpos anti-GAD e anti-IA2 são considerados importantes marcadores destas alterações, cuja prevalência variam, segundo a população estudada e história familiar. Dados sobre freqüência desses marcadores na população brasileira são escassos. OBJETIVOS: Avaliar a freqüência de anti-GAD e anti-IA2 em parentes de primeiro grau de portadores de DM1 (PDM1) em amostra da população da Grande São Paulo. MÉTODOS: Quarenta e oito jovens PDM1 foram recrutados junto a 36 propósitos assistidos em ambulatórios especializados em diabetes da Grande São Paulo, apresentando mediana de idade de 14,5 anos (6,7 a 17,9 anos). Os valores de referência do anti-GAD foram obtidos utilizado-se soros de 194 voluntários normais, sem antecedentes familiares de DM1, com idade de 9,7 a 64,0 anos (mediana de 13,4). Soros de 71 indivíduos normais com idade variando de 11,1 a 15,2 anos (Mi= 12,6) foram submetidos à dosagem de anti-IA2. As dosagens dos marcadores foram através do radioensaio (KRONUS®, Idaho, USA). Valores acima do 99º percentil obtido no grupo controle foram considerados positivos. RESULTADOS: O 99º percentil correspondeu ao valor 1,72 U/ml para o anti-GAD e 0,97 U/ml para o anti-IA2. Cinco indivíduos dos PDM1 (10,4%) foram positivos para o anti-GAD, contra 0,5% dos controles (P<0,01). Um jovem do grupo PDM1 mostrou-se positivo para o anti-IA2 (2,1%), com freqüência semelhante aos controles. CONCLUSÃO: O anti-GAD mostrou maior prevalência entre os PDM1, não havendo diferença entre o PDM1 e controles quanto à freqüência de anti-IA2.
BACKGROUND: Increasingly accurate prediction of Type1 Diabetes Mellitus (DM1), based on analysis of autoantibody markers, has become possible in first-degree relatives of patients with diabetes (PDM1). These markers indicate autoimmune process against pancreatic islet beta-cells. Anti-GAD and anti-IA2 are considered predictive of DM1, whose prevalences are considerably variable in different populations studied. There are few data about the frequency of these markers on the Brazilian population. The aim of this study is determine the prevalence of positivity for anti-GAD and for anti-IA2 among DM1 patients first-degree relatives (PDM1) in a sample of the Brazilian population of Great São Paulo City. METHODS: Forty-eight children and adolescents PDM1 with median of age of 14.5 years (range 6.7 to 17.9 years). Anti-GAD and anti-IA2 was mesured by radioassay (Kronus®, USA). The cut-off limit for both antibodies was set at the 99th percentile from normal subjects serum samples (anti-GAD: n=194; Median of age=13.4 yrs; range 9.7 to 64 yrs; anti-IA2: n=71; Median of age= 12.6; range 11.1 - 15.2 yrs). A subject was considered to be positive for anti-IA2 if specific binding exceeded the 99th among the analysis of 71 subjects. The limit to positivity was 1.72 U/ml to anti-GAD and 0.97 U/ml to anti-IA2. RESULTS: Five PDM1(10.4%) have showed positivity to anti-GAD, with significantly higher prevalence than controls (P<0.01). The anti-IA2 prevalence rate seems to be equivalent between PDM1 and controls. CONCLUSION: The prevalence of anti-GAD has been more prevalent among the PDM1. No differences were observed between prevalences for anti-IA2 showed by PDM1 and controls.