Devido ao crescente número de imigrantes nos EUA, composto por latinos, brasileiros, asiáticos e africanos, observou-se um aumento no interesse dessas comunidades em obter produtos que são comuns em seus países de origem. Para atender essa demanda houve um aumento nas importações de produtos étnicos e na produção interna dessas hortaliças. A mandioca é um bom exemplo do interesse em cultivos étnicos. As importações desse produto cresceram 370% nos últimos seis anos. A Universidade de Massachusetts iniciou suas pesquisas em 1996 com culturas populares entre os imigrantes de Porto Rico e Republica Dominicana e, em 2002, com os vegetais presentes na culinária brasileira. Este trabalho sumariza as informações disponíveis atualmente em relação às necessidades dos imigrantes brasileiros em termos de hortaliças de cunho cultural, identifica as cadeias fornecedoras existentes, explica os impactos da mídia sobre o mercado étnico e descreve as práticas de aquisição de produtos específicos demandados pelos consumidores brasileiros. Pesquisas mostraram que a maioria dos imigrantes brasileiros eram provenientes do estado de Minas Gerais e devido a esse fator, as culturas escolhidas foram jiló, maxixe, taioba, abóbora e quiabo. Para a introdução dos produtos no mercado é necessário focar grande parte das atenções no marketing e divulgação. Apesar de existir uma demanda, esses vegetais não são normalmente encontrados nos mercados, sendo necessário informar onde e quais produtos estão disponíveis. O melhor meio de divulgação entre os brasileiros é através da emissora de TV Rede Globo, porém outros meios como jornais e rádios em língua portuguesa são eficientes e mais acessíveis. A exportação de produtos étnicos para os EUA é um mercado crescente, porém para entrar nesse mercado é necessário compreender a cadeia de distribuição de vegetais frescos nos EUA. Além disso, os donos das grandes cadeias de supermercados desconhecem os vegetais étnicos, sendo muitas vezes uma barreira para a comercialização dos mesmos.
Due to the growing number of immigrants in the United States, made up principally of Latinos, Asians and Africans, there has been a growing demand for products that are popular in their countries of origin. In order to meet this demand, there has been a tremendous increase in imports of agricultural products to the United States. Cassava is a good example. Imports of cassava to the US have increased 370% in the last six years. The University of Massachusetts began to evaluate vegetable crops popular among Puerto Ricans and Dominicans in 1996, and in 2002 began to evaluate crops popular among the large and growing Brazilian population in the state and region. This paper summarizes results of research on crops popular with Brazilian immigrants in the US, in addition to the evaluation of the marketing chain and impact of media outlets to promote and sell these crops. Surveys of Brazilian customers in target markets demonstrated that the majority of Brazilian immigrants in the Northeastern United States are from the state of Minas Gerais. Due to this fact, the crops chosen for research in Massachusetts were ones that were popular in this state: jiló, maxixe, taioba, abóbora and okra. In order to successfully introduce these crops into the marketplace it is critical to devote resources to promotion and marketing. In spite of their popularity among Brazilians, these vegetable crops are not normally found in the market so it is necessary to let the community know that they are available and in what locations. The most effective media outlet evaluated in this work to reach Brazilians was the television station Rede Globo International, available in the United States; however, other avenues evaluated to promote this project to Brazilians, such as Brazilian newspapers and radio programs, were also effective and less expensive. The opportunity to export agricultural products to the United States is a growing opportunity for farmers in Brazil. In order to gain access to this market it is important to understand the distribution system used for fresh produce in the United States.