Resumo As Políticas Nacionais de Humanização e Educação Permanente em Saúde têm mostrado em seu processo histórico avanços e retrocessos. Alguns conceitos do referencial teórico da análise institucional podem contribuir nesses temas, como o conceito de analisador. O objetivo do presente estudo foi discutir os analisadores identificados em uma pesquisa-intervenção, com profissionais que exercem a função de apoiadores de humanização e/ou de articuladores de educação permanente em saúde em municípios paulistas. O quadro teórico-metodológico é a análise institucional, linha sócio-clínica, sendo destacado, o trabalho dos analisadores. Participaram 30 pessoas dos grupos de intervenção. Destacamos três analisadores: (1) o analisador histórico Covid-19; (2) o analisador tempo; (3) o analisador silêncio. Esses analisadores iluminaram tensões como: o lugar periférico da atenção básica, o desconforto frente ao “não saber” e/ou a letargia ante o não-fazer imposto e o paradoxo de criar e interromper tanto ações de cuidado, como de suporte às equipes.
Abstract The National Policies of Humanization and Permanent Health Education (PHE) have shown advances and setbacks in their historical process. Some concepts from the theoretical framework of institutional analysis can contribute in these themes, such as the concept of analyzer. This article discusses the analyzers identified in an intervention research with professionals who work as supporters of humanization and/or articulators of PHE in municipalities of the state of São Paulo. The theoretical-methodological framework is the institutional analysis, socio-clinical line, focusing on the work of the analyzers. The intervention groups were composed of 30 participants. We highlight three analyzers: (1) the COVID-19 historical analyzer; (2) the time analyzer; (3) the silence analyzer. These analyzers evidence tensions such as: the peripheral place of primary care, discomfort in the face of “not knowing” and/or lethargy in the face of imposed non-doing, and the paradox of creating and interrupting both care actions and support for the teams.
Resumen Las Políticas Nacionales de Humanización y Educación Permanente en Salud han mostrado avances y retrocesos en su proceso histórico. Algunos conceptos del marco teórico del análisis institucional pueden contribuir a estos temas, como el concepto de analizador. El objetivo de este artículo fue discutir los analizadores identificados en una investigación-intervención, con profesionales que actúan como apoyadores de la humanización y/o articuladores de la educación permanente en salud en municipios de São Paulo. El marco teórico-metodológico fue el del análisis institucional, línea socioclínica, destacándose el trabajo de los analizadores. Participaron 30 personas en los grupos de intervención. Se destacan tres analizadores: (1) el analizador histórico Covid-19; (2) el analizador de tiempo; (3) el analizador de silencio. Estos analizadores iluminan tensiones como: el lugar periférico de la atención primaria, el malestar ante el “no saber” y/o el letargo ante el no hacer impuesto y la paradoja de crear e interrumpir tanto las acciones asistenciales como de apoyo a los equipos.