CONTEXTO: Na doença de Hodgkin, cada estágio clínico ou patológico pode ser relacionado com a extensão da área envolvida e predizer a próxima região anatômica de risco para disseminação. OBJETIVO: Estabelecer os fatores prognósticos que melhor predizem sobrevida em LNH. TIPO DE ESTUDO: Estudo retrospectivo LOCAL: Disciplina de Hematologia e Hemoterapia, Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina. PARTICIPANTES: 142 pacientes com LNH diagnosticados entre fevereiro de 1988 e março de 1993. VARIÁVEIS ESTUDADAS: Tipo histológico, sexo, idade, raça, sintomas, sitação "performance", estágio, doença extranodal, desenvolvimento de Bulk, comprometimento mediastinal, envolvimento do SNC, infiltração da medúla óssea, nível de desidrogenose láctica, fenótipo imune. RESULTADOS: Ao primeiro estudo (113 pacientes), as seguintes variáveis tiveram uma pior influência na sobrevida: raça amarela (P<0.1); ECOG II, III e IV (P<0.1) e doença extranodal (P<0.1) para os linfomas de alto grau; sintomas constitucionais (P<0.1), ECOG II, III e IV (P<0.1) e envolvimento de SNC (P<0.1) para os linfomas de grau intermediário e o subtipo linfoplasmocitóide (P=0.0186) para os linfomas de baixo grau. Ao segundo estudo (93 pacientes), quando inclui-se o tratamento, as variáveis relacionadas a sobrevida foram : envolvimento de SNC (P<0.1) para o linfomas de alto grau; sintomas constitucionais (P<0.1), ECOG II, III, IV (P=0.0185) e envolvimento de SNC (P<0.1) para o grupo intermediário. Nenhuma variável relacionou-se com a sobrevida para os linfomas de baixo grau. CONCLUSÕES: Os linfomas de grau intermediário, provavelmente devido ao maior número de pacientes, foram mais compatíveis com os dados encontrados na literatura. Neste caso específico, o tratamento não influenciou a sobrevida.
CONTEXT: In Hodgkin's disease, each clinical or pathologic stage can be related to the extent of the area involved and predicts the next anatomical region at risk for tumor dissemination. OBJECTIVE: To determine the best prognostic factors that could predict survival in non-Hodgkin lymphoma cases. DESIGN: A retrospective study. LOCATION: Department of Hematology and Transfusion Medicine, Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina. PARTICIPANTS: 142 patients with non-Hodgkin lymphoma diagnosed between February 1988 and March 1993. MAIN MEASUREMENTS: Histological subset, Sex, Age, Race, B symptoms, Performance status, Stage, Extranodal disease, Bulk disease, Mediastinal disease, CNS involvement, BM infiltration, Level of DHL, Immunophenotype. RESULTS: In the first study (113 patients), the following variables had a worse influence on survival: yellow race (P<0.1); ECOG II, III e IV (P<0.1) and extranodal disease (P<0.1) for high grade lymphomas; constitutional symptoms (P<0.1), ECOG II, III e IV (P<0.1) and involvement of CNS (P<0.1) for intermediate grade and the subtype lymphoplasmocytoid (P=0.0186) for low grade lymphomas. In the second survey (93 patients), when treatment was included, the variables related to NHL survival were: CNS involvement (P<0.1) for high grade lymphomas, constitutional symptoms (P<0.1), ECOG II, III, IV (P=0.0185) and also CNS involvement (P<0.1) for the intermediate group. There were no variables related to the survival for low-grade lymphomas. CONCLUSIONS: The intermediate grade lymphomas were more compatible with data found in the literature, probably because of the larger number of patients. In this specific case, the treatment did not have an influence on the survival.