OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo caracterizar o perfil sociodemográfico e de hábitos de vida da população idosa de um município da região norte do Rio Grande do Sul, Brasil. METODOLOGIA: Pesquisa quantitativa, descritiva e transversal. As variáveis analisadas foram: sociodemográficas (idade, sexo, estado civil, escolaridade e renda) e hábitos de vida (etilismo, tabagismo e atividade física). RESULTADOS: Participaram da pesquisa 424 idosos, sendo 68,4% do sexo feminino; a idade variou de 60 a 99 anos, com um número maior de idosos acima de 80 anos (15,6%) do que dos 75 aos 80 anos (14,6%); situação conjugal predominante foi "casado" (53,8%); a maioria com menos de cinco anos de escolaridade (60,1%). A renda familiar ficou entre um e dois salários mínimos, com dois dependentes. As principais despesas foram com alimentação, saúde/medicamentos, sendo que 75,7% fizeram uso de medicamentos diários e 71,3% consumiram de um a três medicamentos ao dia. A maioria não consumia bebidas alcoólicas (85,6%), não tinha o hábito de fumar (85,6%), 48,3% dos idosos não praticavam atividade física regular. CONCLUSÃO: Com base nos resultados deste estudo, constatou-se que o perfil sociodemográfico predominante é de idosos de baixa renda e escolaridade; e com relação aos hábitos de vida, a maioria não ingere bebida alcoólica, não fuma, não pratica atividade física e suas principais despesas são com alimentação e saúde/medicamentos. Neste contexto, entende-se que a gestão pública de saúde tem um grande desafio com o envelhecimento, dentre eles, capacitar técnicos e profissionais, desenvolver políticas inclusivas, valorizando mais a pessoa do idoso, assim como seus cuidadores/família, oferecendo suporte adequado.
OBJECTIVE: This study aimed to characterize the sociodemographic profile of elderly in a city in northern Rio Grande do Sul state, Brazil. METHODOLOGY: Quantitative, descriptive and transversal research analyzing sociodemographic (age, sex, marital status, educational background and income) and lifestyle (alcoholism, smoking and physical exercise) variables. RESULTS: Four hundred and twenty-four elderly people participated in the study, being 68.4% women aged 60-69 years old. There were more individuals aged 80 than 75-80 years (14.6%); predomination of marital status "married" (53.8%); most had studied for less than five years (60.1%), had family income between one and two minimum wages, and with two dependent people. The main expenses were related to feeding, health/drugs, and 75.7% of them made use of daily drugs, while 71.3% took from one to three drugs daily. Most of them did not consume alcoholic (85.6%), nor smoked (85.6%), and 48.3% of the elderly did not practice regular physical exercises. CONCLUSIONS: Based on the results of this study, the prevailing sociodemographic profile in the elderly is low income and poorer education; concerning lifestyle, most did not drink alcoholic beverages, smoke, or practice physical activity, and their main expenditure was feeding and health/drugs. In this context, it is understood that public health management has great challenges with ageing, such as enabling technicians and professionals develop inclusive policies that value more the elderly, as well as their caregivers and relatives, by offering adequate support.