OBJETIVO: Investigar a prevalência do uso de sonda nasogástrica em bebês com fissura labiopalatina, sua correlação com tipo de fissura, maternidade e cidade de origem, e a idade na primeira consulta. MÉTODOS: A amostra constituiu-se de 137 bebês de ambos os gêneros, com fissura de lábio e/ou palato, sem outros comprometimentos, nascidos a termo, e que chegaram para primeira consulta em um centro especializado em fissura entre zero e 12 meses (mediana=33 dias). Realizou-se análise estatística pelo teste de coeficiente de contingência (p<0,05). RESULTADOS: Da amostra total, 61% eram do gênero masculino e 39% do feminino, 51% apresentavam fissura de lábio e palato, 35% de palato e 14% de lábio. Quanto ao nascimento, 36% nasceram em maternidades particulares e 64% em públicas, 60% em Belo Horizonte, 15% em outras cidades da região metropolitana e 25% no interior do estado. O uso de sonda ocorreu em 23% dos casos. Não houve associação entre tipo de fissura ou de maternidade e o uso de sonda, mas este foi mais frequente na região metropolitana (p=0,007). CONCLUSÃO: A prevalência do uso de sonda em bebês com fissura foi considerada alta, visto que nasceram a termo e não apresentavam comprometimentos associados que indicassem o uso da mesma. O uso de sonda é mais frequente em bebês nascidos em maternidades da região metropolitana de Belo Horizonte, quando comparados a outras cidades do estado de Minas Gerais.
PURPOSE: To investigate the prevalence of the use of nasogastric tube in babies with cleft lip and/or palate, and to correlate its use with type of cleft, maternity hospital (private or public) and city of origin, and age at the first visit to a cleft center. METHODS: The sample consisted of data collected from 137 babies of both genders with cleft lip and/or palate, without any other associated anomalies, born full-term, who attended their first consultation at a specialized cleft center with ages between zero and 12 months (median=33 days). Statistical analyses used the coefficient of contingency test (p<0,05). RESULTS: From the subjects, 61% were male and 39% were female; 51% presented cleft lip and palate, 35% cleft palate, and 14% cleft lip. Regarding place of birth, 36% were born in private and 64% in public maternity hospitals; 60% were born in the city of Belo Horizonte (Minas Gerais, Brazil), 15% in other cities of the metropolitan area, and 25% in other cities at the state of Minas Gerais (Brazil). The use of nasogastric tube was reported in 23% of the cases. There was no association between the type of cleft or maternity and the use of the tube, but the later was more frequent within the metropolitan area (p=0,007). CONCLUSION: The prevalence of the use of nasogastric tube in babies with cleft lip and/or palate was considered high since they were born full-term and without any other associated anomalies that would indicate the need of the tube. The use of nasogastric tube was more frequent in babies born at the metropolitan area of Belo Horizonte, when compared to other cities in the state of Minas Gerais (Brazil).