O fósforo é um importante nutriente para as plantas e sua presença no solo promove o crescimento e eleva a produção das hortaliças. O presente trabalho, realizado na Universidade Federal da Paraíba, em Areia, em um NEOSSOLO REGOLÍTICO Psamítico típico no período de dezembro/2001 a julho/2002, teve por objetivo avaliar a resposta do feijão-fava, cultivar "Orelha de Vó", a diferentes doses de P2O5. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com cinco tratamentos (0; 100; 200; 300; 400 e 500 kg ha-1 de P2 O5) e com quatro repetições. Cada parcela continha 40 plantas espaçadas em 1,0 m x 0,50 m. As produções máximas estimadas de grãos verdes e secos (5,2 e 2,7 t ha-1), respectivamente, ocorreram com 309 e 302 kg ha-1 de P2O5. As doses de P2O5 que proporcionaram maiores retornos econômicos foram 291 kg ha-1 para a produção de grãos verdes e 281 kg ha-1 para produção de grãos secos, sendo as receitas previstas para a aplicação destas, correspondentes às produtividades de 4,1 e 1,8 t ha-1, respectivamente. As doses mais econômicas compreenderam mais de 80% daquelas responsáveis pelas produções máximas, constituindo um indicativo da viabilidade econômica do emprego de fósforo no cultivo de feijão-fava. As doses de P2O5 com as quais obtiveram-se as máximas produções e retornos econômicos quanto a produção de grãos verdes e secos, se correlacionam, respectivamente, com 57,1 e 56,3 e com 55,0 e 53,8 mg dm-3 de P disponível pelo extrator de Melich 1. Probabilidades minimizadas de ocorrência de resposta dessa cultura à adubação fosfatada em solos semelhantes ao do presente estudo, para a produção de grãos verdes e secos, serão obtidas quando os teores de P disponível forem superiores a 55,0 e 53,8 mg dm-3. A concentração média de P nas folhas do feijão-fava, aos 120 dias após a semeadura, em função das doses de P2O5 foi de 3,4 g kg-1. As doses de 291 e 281 kg ha¹ de P2O5, respectivamente, devem ser as recomendadas para aplicação no solo em estudo, visando a produção de grãos verdes e secos de feijão-fava.
Phosphorus is an important mineral nutrient for vegetables. This work was conducted at Universidade Federal da Paraíba, in Areia, Brazil, from December/2001 to July/2002, aiming to evaluate the effect of levels of P2O5 on the yield of lima bean, cv. "Orelha de Vó". The experimental design was a randomized block with five treatments (0; 100; 200; 300; 400 and 500 kg ha-1 of P2 O5), and four replications. Each plot consisted of 40 plants spaced 1.0 m between rows and 0.50 m between plants in each row. The estimated maximum yield of green and dry beans (5.2 and 2.7 t ha-1, respectively) corresponded, to the dosages of 309 and 302 kg ha-1 of P2O5. The levels 291 kg ha-1 and 281 kg ha-1 of P2O5 provided, respectively, the greater economic return for the yield of green (4.1 t ha-1) and dry (1.8 t ha-1) beans. The most economic levels included more than 80% of those dosages responsible for the maximum yields and indicated the economic viability of phosphorus utilization on lima bean crop. The P2O5 levels which promoted the maximum yield and the maximum economic return for green and dry beans yield were respectively, with 57.1; 56.3; 55.0 and 53.8 mg dm-3 of available P for the extractor of Melich 1. The lima bean response to the phosphorus fertilization in soils with similar fertility used in the present study, for green and dry beans yield, will be reduced at levels of available P superior to 55.0 and 53.8 mg dm-3. The average concentration of P in the leaves of lima bean, 120 days after sowing, in function of levels of P2O5 was of 3.4 g kg-1. For the soil of this study the application of 291 and 281 kg ha-1 of P2O5 is more recommended to establish the lima bean respectively, for green and dry beans yield.