A decisão de inovar envolve riscos e incertezas e está entre as difíceis decisões que as empresas precisam tomar em sua trajetória de evolução organizacional. Nesse contexto, as micro e pequenas empresas (MPEs), por deterem limitações financeiras e de sua própria estrutura, frequentemente se veem restringidas em suas ações e se tornam organizações pouco inovadoras. Diante disso, uma das alternativas que se apresentam a essas empresas é o modelo de inovação aberta, pautado na utilização do conhecimento externo como forma de agregar valor à organização, uma vez que o aprendizado e a interação mútua entre uma empresa e seus diversos agentes, propiciados pelo modelo, permitem compartilhar riscos e incertezas e podem conferir as competências necessárias para inovar de maneira dinâmica e contínua. Neste artigo, pretende-se analisar como o uso do modelo de inovação aberta por parte de MPEs pode reduzir os riscos e as incertezas presentes na decisão de inovar, com base na análise dos fatores de risco de Hammond, Keeney e Raiffa (1999) para verificar as incertezas, os resultados, as chances de ocorrência e consequências da decisão tomada. Trata-se de um estudo qualitativo, de caráter exploratório, com uso de entrevistas semiestruturadas e análise bibliográfica. Os resultados apontam que as MPEs, ao passarem por momentos críticos em seu desempenho organizacional, buscam na inovação uma alternativa de sobrevivência ante os novos parâmetros que lhes são impostos. Entretanto, essas empresas apresentam como incertezas associadas à decisão de inovar a falta de know-how e a insuficiência de capital para arcar com o custo da inovação. No intuito de reduzir essas incertezas, buscam, nas fontes externas de conhecimento, o suporte financeiro, tecnológico, de mercado e competitivo que lhes permita inovar e alcançar vantagens competitivas sustentáveis, tendo como resultados desse formato de inovação a superação de suas incertezas, o lançamento de inovações de produto, serviço e processo, a melhoria de seu potencial competitivo e a formação de um processo de inovação. Dessa forma, pode-se afirmar que o uso do modelo de inovação aberta não só reduz os riscos e as incertezas relacionados à inovação, mas também contribui para que essas organizações inovem e melhorem seu desempenho organizacional.
The decision to innovate involves risks and uncertainties and is among the difficult decisions that businesses need to take in their organizational evolution. In this context, the MSEs, for detaining financial constraints in their very own structure, often find themselves and their actions limited and become lesser innovative companies. Given this, one of the alternatives that is presented to these companies is the open innovation model, based on the use of external knowledge in order to add value to the organization, since learning and mutual interaction among a company and its various agents, fostered by the model, allow the sharing of risks and uncertainties and may confer the necessary skills to innovate dynamically and continuously. In this article we analyze how the use of the open innovation model by micro and small enterprises may reduce the risks and uncertainties in the decision to innovate, starting from Hammond, Keeney and Raiffa's (1999) analysis of risk factors to verify the uncertainties, outcomes, probability of occurrence and consequences of the decision taken. This is an exploratory qualitative study, using semi-structured interviews and literature review. The results show that as micro and small enterprises go through critical times in their organizational performance, seek in the innovation an alternative for survival ahead of new parameters that are imposed on them. However, as these companies have uncertainties associated with the decision to innovate the lack of knowhow and insufficient capital to afford the cost of innovation. To reduce these uncertainties, they seek in the external sources of knowledge the financial, technological, market and competitive support that enable them to innovate and achieve sustainable competitive advantages, having as the results of such innovation model the overcoming of uncertainties, the launching of product, service and process innovations, and improvement of their competitive potential and the formation of an innovation process. Thus, it can be argued that the use of the open innovation model not only reduces the risks and uncertainties related to innovation but also helps those organizations to innovate and improve their organizational performance.
La decisión de innovar implica riesgos e incertidumbres y está entre las decisiones difíciles que las empresas necesitan tomar en su trayectoria de evolución organizativa. En este contexto, las microempresas y pequeñas empresas, por tener limitaciones financieras en su propria estructura, muchas veces se encuentran limitadas en sus acciones y se convierten en organizaciones poco inovadoras. Ante esto, una alternativa que se presenta a estas empresas es el modelo de innovación abierta, basado en el uso del conocimiento externo con el fin de agregar valor a la organización, ya que el aprendizaje y la interacción mutua entre una empresa y sus diversos agentes, propiciada por el modelo, permiten compartir los riesgos e incertidumbres y pueden conferir los conocimientos necesarios para innovar de forma dinámica y continua. En este artículo se analiza cómo el uso del modelo de innovación abierta por las micro y pequeñas empresas puede reducir los riesgos y las incertidumbres de la decisión de innovar, a partir del análisis de los factores de riesgo de Hammond, Keeney y Raiffa (1999) para comprobar las incertidumbres, los resultados, la probabilidad de ocurrencia y las consecuencias de la decisión tomada. Se trata de un estudio cualitativo y exploratorio, utilizando entrevistas semi-estructuradas y revisión de la literatura. Los resultados muestran que las micro y pequeñas empresas a pasar por momentos críticos de su desempeño organizacional buscan en la innovación una alternativa para la supervivencia por delante de los nuevos parámetros que se imponen a ellas. Sin embargo, estas empresas tienen incertidumbres asociadas a la decisión de innovar la falta de conocimientos técnicos y el capital suficiente para pagar el costo de la innovación. Para reducir estas incertidumbres, buscan en las fuentes externas de conocimiento el apoyo financiero, tecnológico, de mercado y competitivo que les permita innovar y lograr ventajas competitivas sostenibles, teniendo como resultado de este formato de innovación la superación de sus incertidumbres, el lanzamiento de innovaciones de productos, servicios y procesos, la mejora de su potencial competitivo y la formación de un proceso de innovación. Por lo tanto, se puede afirmar que el uso del modelo de innovación abierta no sólo reduce los riesgos e incertidumbres relacionados con la innovación como contribuye las organizaciones a innovar y mejorar su desempeño organizacional.