Objetivo: Analisar os fatores psicossociais e a atividade física como preditores no consumo de frutas, legumes e verduras em adultos jovens, estudantes universitários. Métodos: Estudo transversal com uma amostra representativa de estudantes de uma universidade pública do Nordeste (n=717). O consumo de frutas, legumes e verduras foi medido por um Questionário de Frequência Alimentar composto por 21 itens. Os fatores psicossociais para a mudança de comportamento, medidas através de questionário, foram: estratégia de mudança de comportamento, autoeficácia, percepção das barreiras e facilitadores e apoio social. A atividade física foi medida pelo Questionário Internacional de Atividade Física. Utilizou-se a regressão linear múltipla para o modelo de predição do consumo, sendo adotado um p<0,05. Resultados: A mediana do consumo de frutas, legumes e verduras foi de 2,0 porções/dia. Na análise ajustada, estratégia de mudança (R²=0,31), autoeficácia (R²=0,03), apoio dos amigos (R²=0,02) e atividade física (R²=0,03) explicaram 39% da variância do consumo entre os homens. Para as mulheres, as variáveis foram estratégia de mudança (R²=0,03), autoeficácia (R²=0,13), barreiras percebidas (R²=0,08) e atividade física (R²=0,02), explicando 26% da variância do consumo. O consumo de frutas, legumes e verduras aumentaria em uma porção com o incremento de 35 minutos de atividade física por dia para os homens e 47 minutos para as mulheres. Conclusão: Os principais preditores do consumo de frutas, legumes e verduras foram as estratégias para a mudança de comportamento, autoeficácia e atividade física.
Objective: To analyze whether psychosocial factors and physical activity are predictors of fruit and vegetable intake in young adults attending college. Methods: This cross-sectional study included a representative sample of students from a public university in the Brazilian Northeast (n=717). Fruit and vegetable intake was measured by a Food Frequency Questionnaire containing 21 items. The psychosocial factors for behavior change, measured by a questionnaire, were: behavior change strategy, self-efficacy, perceived barriers and facilitators in decision making, and social support. The level of physical activity was measured by the International Physical Activity Questionnaire. Multiple linear regression was the intake prediction model using a significance level of 5% (p<0.05). Results: The median fruit and vegetable intake was 2.0 servings/day. In adjusted analysis, behavior change strategy (R²=0.31), self-efficacy (R²=0.03), friends' support (R²=0.02), and physical activity (R²=0.03) explained 39% of the fruit and vegetable intake variance in men. Behavior change strategy (R²=0.03), self-efficacy (R²=0.13), perceived barriers (R²=0.08), and physical activity (R²=0.02) explained 26% of the fruit and vegetable intake variance in women. Fruit and vegetable intake would increase by one serving for every extra 35 and 47 minutes of physical activity men and women, respectively, practice a day. Conclusion: The main predictors of fruit and vegetable intake are behavior change strategies, self-efficacy, and physical activity.