Resumo: Este artigo analisa alguns fenômenos que fazem parte dos processos de “digitalização da vida” e são sintomáticos de mudanças nos modos de vivenciar a temporalidade. Entre eles, o hábito de maratonar produtos audiovisuais em plataformas de streaming; o uso de programas que permitem acelerar o consumo de vídeos e áudios; e a oferta de “conteúdos desacelerados” para recalibrar o bem-estar de forma eficaz e produtiva. Em todas essas práticas detecta-se certa ansiedade nos modos de lidar com o tempo, decorrente do conflito entre o estímulo para consumir ilimitadamente e a frustração pela persistência das limitações, sobretudo temporais. Trata-se de uma reflexão ensaística com base na perspectiva genealógica, que se debruça sobre um conjunto de reportagens midiáticas dedicadas ao assunto em foco, buscando identificar – nesses indícios – certas transformações nos regimes de saber e poder, na passagem da era moderna para a contemporânea.
Abstract: This article analyzes some phenomena that are part of the processes of “digitalization of life” and are symptomatic of changes in the ways of experiencing temporality. Among them, the habit of binge-watching audiovisual products on streaming platforms; the use of programs that speed up the consumption of videos and audios; and the offer of “slow content” to recalibrate one's wellbeing in an efficient and productive way. In all these practices, a certain anxiety is detected in the ways of dealing with time, resulting from the conflict between the stimulus to consume unlimitedly and the frustration due to the persistence of limitations, especially in time. This is an essayistic analysis based on the genealogical perspective, which analyzes a set of media articles dedicated to the subject matter in focus, seeking to identify – in these traces – changes in the regimes of knowledge and power in the transition from modern to contemporary era.
Resumen: Este artículo analiza algunos fenómenos que forman parte de los procesos de “digitalización de la vida” y son sintomáticos de cambios en las formas de vivir la temporalidad. Entre ellos, la costumbre de hacer maratones de productos audiovisuales en plataformas de streaming; el uso de programas que aceleran el consumo de videos y audios; y la oferta de “contenidos desaceleradores” para recalibrar el bienestar de forma eficaz y productiva. En todas estas prácticas se detecta cierta ansiedad en las formas de afrontar el tiempo, resultante del conflicto entre el estímulo para consumir ilimitadamente y la frustración por la persistencia de limitaciones, sobre todo temporales. Se trata de un análisis ensayístico basado en la perspectiva genealógica, que se centra en notas mediáticas dedicadas al tema en foco, buscando identificar – en esos indicios – ciertos cambios en los regímenes de saber y poder, pasando de la era moderna a la contemporánea.