OBJETIVO: comparar as condições de trabalho, saúde e voz em professores de diferentes escolas municipais. MÉTODOS: participaram 165 professores, média de 37 anos, casados, predomínio de mulheres e escolaridade superior da rede municipal de ensino de uma cidade do estado de São Paulo, que responderam ao questionário proposto por Ferreira et al (2003), abrangendo questões sócio-demográficas, situação funcional, aspectos vocais e de saúde. As respostas dos docentes foram separadas por unidade escolar e submetidas à análise estatística. RESULTADOS: constatou-se diferença significante entre as escolas quanto à presença de local para descanso, fiscalização constante e facilidade para se ausentar da sala de aula, número de alunos por classe (<0,001), ruído (0,002), iluminação (<0,001), limpeza (0,001), higiene nos sanitários (0,002), poeira (0,001), tamanho da sala (0,020), suficiência de espaço em classe (0,005), comprometimento dos funcionários com a manutenção da escola (0,033) e temperatura (<0,001). As menções de alteração vocal variaram de 76,47% a 40%, sem significância nos professores das diferentes escolas. Os problemas de saúde foram diversificados com diferença significante apenas para incômodo a sons (0,036). CONCLUSÃO: há riscos ocupacionais específicos relacionados à organização e ambiente de trabalho, nas distintas unidades escolares, que interferem na voz e saúde dos docentes, cujo desvelamento subsidia o gestor na implantação de ações contextualizadas, visando promover ambiente saudável para toda comunidade escolar.
PURPOSE: to compare the work, health and voice conditions of teachers from different city schools. METHODS: 165 teachers took part, mean age 37, married, predominance of women and university degree, from the city school system of a city from the state of São Paulo, who answered to the questionnaire proposed by Ferreira et al (2003), covering socio-demographic topics, functional situation, vocal and health aspects. The teachers' answers were separated by scholar unit and submitted to a statistical analysis. RESULTS: there was a significant difference among schools as for the presence of restrooms, constant surveillance and the ease of leaving the classroom, number of students per classroom (<0.001), noise (0.002), lightning (<0.001), cleaning (0.001), toilets' hygiene (0.002), dust (0.001), classroom size (0.020), space sufficiency in classrooms (0.033) and temperature (<0.001). The mentioning of vocal alteration varied from 76.47% to 40%, with no significance for teachers from different schools. The health problems were diversified with significant difference only to sound nuisance (0.036). CONCLUSION: there are specific occupational risks related to organizational and work environment in distinct scholar units that interfere in the docents' voice and health. By having this information the manager can implement contextualized initiatives in order to promote a healthy environment for all the scholar community.