Objetivo: A influência do gênero no remodelamento cardíaco após o infarto do miocárdio é uma questão em intenso debate. Nós avaliamos o remodelamento ventricular esquerdo em ratos infartados de ambos os gêneros. Métodos: O infarto do miocárdio foi induzido por oclusão da artéria coronária descendente anterior (fêmeas [FM]; machos [MC]). A ecocardiografia foi realizada na primeira e sexta semana pós-oclusão para determinar o tamanho do infarto do miocárdio e a função sistólica do ventricular esquerdo (mudança na área fracional [FAC]). A função diastólica derivou dos seguintes parâmetros: onda E; onda A; razão E/A. ANOVA duas vias com pós-teste de Bonferroni foi aplicado nas comparações (P≤=0,05). Resultados: Todas variáveis morfométricas foram similares (P>0,05) entre os gêneros com uma (infarto do miocárdio [FM: 44,0±5,0 vs. MC: 42,0±3,0, %]; diâmetro diastólico [FM: 0,04±0,003 vs. MC: 0,037±0,005, mm/g] e sistólico [FM: 0,03±0,0004 vs. MC: 0,028±0,005, mm/g] do VE) e seis (IM [FM: 44,0±5,0 vs. MC: 42,0±3,0, %]; diâmetro diastólico [FM: 0,043±0,01 vs. MC: 0,034±0,005, mm/g] e sistólico [FM: 0,035±0,01 vs. MC: 0,027±0,005, mm/g] do ventricular esquerdo) semanas. Achado similar ocorreu para os dados funcionais com uma (FAC [FM: 34,0±6,0 vs. MC: 32,0±4,0, %]; onda E [FM: 70,0±18,0 vs. MC: 73,0±14,0, cm/s]; onda A [FM: 20,0±12,0 vs. MC: 28,0±13,0, cm/s]; E/A [FM: 4,9±3,4 vs. MC: 3,3±1,8]) e seis (FAC [FM: 29,0±7,0 vs. MC: 31,0±7,0, %]; onda E [FM: 85,0±18,0 vs. MC: 87,0±20,0, cm/s]; onda A [FM: 20,0±11,0 vs. MC: 28,0±17,0 cm/s]; E/A [FM: 6,2±4,0 vs. MC: 4,6±3,4]) semanas. Conclusão: O gênero não é determinante para o remodelamento ventricular esquerdo pós-infarto do miocárdio em ratos.
Objective: An unclear issue is whether gender may influence at cardiac remodeling after myocardial infarction (MI). We evaluated left ventricle remodeling in female and male rats post-MI. Methods: Rats were submitted to anterior descending coronary occlusion. Echocardiographic evaluations were performed on the first and sixth week post-occlusion to determine myocardial infarction size and left ventricle systolic function (FAC, fractional area change). Pulsed Doppler was applied to analyze left ventricle diastolic function using the following parameters: E wave, A wave, E/A ratio. Two-way ANOVA was applied for comparisons, complemented by the Bonferroni test. A P≤=0.05 was considered significant. Results: There were no significant differences between genders for morphometric parameters on first (MI [Female (FE): 44.0±5.0 vs. Male (MA): 42.0±3.0%]; diastolic [FE: 0.04±0.003 vs. MA: 0.037±0.005, mm/g] and systolic [FE: 0.03±0.0004 vs. MA: 0.028±0.005, mm/g] diameters of left ventricle) and sixth (MI [FE: 44.0±5.0 vs. MA: 42.0±3.0, %]; diastolic [FE: 0.043±0.01 vs. MA: 0.034±0.005, mm/g] and systolic [FE: 0.035±0.01 vs. MA: 0.027±0.005, mm/g] of LV) week. Similar findings were reported for left ventricle functional parameters on first (FAC [FE: 34.0±6.0 vs. MA: 32.0±4.0, %]; wave E [FE: 70.0±18.0 vs. MA: 73.0±14.0, cm/s]; wave A [FE: 20.0±12.0 vs. MA: 28.0±13.0, cm/s]; E/A [FE: 4.9±3.4 vs. MA: 3.3±1.8]) and sixth (FAC [FE: 29.0±7.0 vs. MA: 31.0±7.0, %]; wave E [FE: 85.0±18.0 vs. MA: 87.0±20.0, cm/s]; wave A [FE: 20.0±11.0 vs. MA: 28.0±17.0, cm/s]; E/A [FE: 6.2±4.0 vs. MA: 4.6±3.4]) week. Conclusion: Gender does not influence left ventricle remodeling post-MI in rats.