Em 2007 (último censo agrícola), o Chile tinha 308.445 ha de pomares: um aumento de quase 32% em relação ao censo anterior (1997). As espécies mais importantes foram, uva de mesa (20%), abacate (13%) e maçã (12%). Cerca de 20% da terra ocupada pela fruticultura, correspondeu a pomares juvenis; desse total, as espécies com maior proporção de pomares juvenis foram ameixeiras (42%) e mirtilos (56%). A maioria dos pomares está localizada entre as latitudes 27º18` S (Copiapó) e 40º36´S (Porto Varas). A fruticultura é impulsionada pela exportação que corresponde a mais de 50% das frutas produzidas. Na safra 2009-2010, aproximadamente 254 milhões de caixas (cerca de 2.5 milhões de toneladas) foram exportados, representando mais de US$ 3,5 milhões. Frutas processadas e frescas representaram 8,2 e 26,7% das exportações chilenas de produtos florestais e agrícolas em 2008, respectivamente. Os principais mercados para essas frutas foram EUA/Canadá (42%) e Europa (32%). O fruticultor recebe em média 12-16% do preço total da fruta em seu destino final. A cada ano a fruticultura emprega diretamente 450.000 de pessoas das quais 1/3 é permanente. Ainda que a fruticultura empregue a maior proporção da mão-de-obra rural, e que a área plantada tenha aumentado nos últimos 20 anos, a proporção dos empregos rurais decresceu de 19,5% em 1989 a 10,8% em 2008. Deve ser notado também que o Chile investe somente 0.7% do GDP em pesquisa. Nos últimos 40 anos, a fruticultura tem sido a força propulsora do desenvolvimento econômico chileno, mas as taxas de câmbio mais baixas, a elevação dos custos de energia (óleo, eletricidade), e a crescente escassez de mão-de-obra têm reduzido drasticamente a rentabilidade e estão pondo em risco a viabilidade de uma grande proporção de pomares no Chile. Estima-se que nesta safra, cerca de 70% dos pomares apresentarão balanço econômico negativo em suas operações. Maior investimento em pesquisa, aprimoramento da qualidade das frutas e de várias práticas de manejo dos pomares, assim como maior suporte financeiro governamental são requeridos para a viabilidade a longo prazo da fruticultura no Chile.
In 2007 (the last agricultural census), Chile had 308, 445 ha of fruit orchards: an increase of almost 32% from the previous census (1997). The most important species were table grapes (20%), avocados (13%) and apples (12%). Some 22% of the fruit crops growing area corresponded to juvenile orchards; within the species with higher proportion of juvenile orchards were prunes (42%) and blueberries (56%). Most orchards are located between latitude 27º18` S (Copiapó) and 40º36´S (Puerto Varas). The industry is driven by the export component which accounts for more than 50% of the fruits produced. In the crop season 2009-2010, approximately 254 million boxes (around 2.5 million tons) were exported, representing over US$ 3.5 million. Processed and fresh fruits represented 8.2 and 26.7% of the total forest and agricultural Chilean exports in 2008, respectively. The main markets for this fruits were USA/Canada (42%) and Europe (32%). The fruit grower receives, on average, 12-16% of the total price of the fruit in its final destination. Each year the fruit industry employs 450.000 people directly, of which 1/3 are permanent. Even though the fruit industry employs the highest proportion of the agricultural labor and the growing area has increased in the last 20 years, the proportion of agricultural employment has decreased from 19.5% in 1989 to 10.8% in 2008. It might also be noted that Chile invests only 0.7% of the GDP in research. In the last 40 years, the fruit industry has been a motor for the Chilean economic development, but the lower rates of currency exchange, the rising costs of energy (oil, electricity), and the increasing scarcity of hand labor have drastically reduced the profitability and are putting at risk the viability of a large proportion of the fruit orchards in Chile. It is estimated that this season around 65% of the orchards will have a negative economic balance in their operations. Higher investment in research, improvements in fruit quality and various orchard management practices, as well as higher financial support from the Government are needed for the long term viability of the fruit industry in Chile.