Analisaram-se 1300 exames de Potencial Evocado Auditivo. Classificaram-se os pacientes segundo faixa de idade, apresentação clínica, relato de fatores de risco que levam a deficiência auditiva e limiar auditivo determinado pelo exame. Distribuíram-se os resultados em 5 faixas de limiar auditivo: audição normal (até 25 dBHL); perda auditiva moderada (25-50 dBHL); perda acentuada (50-70 dBHL); perda severa (70-90 dRHL); e sem resposta ao estímulo auditivo. Estudaram-se os fatores de risco relativos a gestação, parto e período neonatal, história familiar de deficiência auditiva, malformações do aparelho auditivo, anomalias crânio-faciais, síndromes associadas a deficiência auditiva, certas modalidades de doenças infecciosas e uso de determinadas drogas. Investigaram-se também os itens Retardo do Desenvolvimento Neuropsicomotor, Paralisia Cerebral e os casos sem antecedentes conhecidos. Entre as conclusões destacam-se: 82,8% dos pacientes eram portadores de alguma forma de deficiência auditiva; o encaminhamento é tardio, evidenciado pelo fato de 54,1% dos pacientes situarem-se entre 1 e 3 anos de idade; 54,0% da totalidade dos casos apresentavam-se sem linguagem; o fator de risco «Rubéola Congênita» possui a elevada incidência de 14,8%, e este percentual distribuído nas faixas de limiar auditivo revelou um crescimento exponencial, demonstrando inequívoca e acentuada correlação da moléstia com deficiência auditiva.
We have analyzed 1300 Auditory Brain-Stem Response Audiometry exams. The patients were distributed according to criteria related to age, clinical presentation, hearing impairment risk-factors and hearing thresholds. The results were divided into five groups of hearing thresholds: normal hearing (threshold response obtained up to 25 dBHL); mild hearing loss (25-50 dBHL); moderate hearing loss (50-70 dBHL); severe hearing loss (70-90 dBHL); and without response to acoustic stimuli. We have studied the risk-factors related to gestation, delivery and neonatal period, family history of hearing loss, hearing apparatus malformations, craniofacial anomalies, certain modalities of infectious diseases, hearing impairment associated syndromes, and the use of some kind of drugs. Cerebral palsy, neuropsychomotor development retardation and cases without known antecedents were also studied. The main results of our study show: 82.8% incidence of hearing impairment; the late performance of examinations to evidence a definite hearing loss as 54.1% of the examined patients were at ages ranging from one to three years old; 54.0% of total cases have not presented any language development; the risk-factor «Congênita! Rubeola* has the expressive incidence of 14.8% and the. distribution of this value into hearing threshold ranges has shown an exponential increase which demonstrates a close correlation between that disease and hearing impairment.