Destacar duas dimensões analíticas a partir da leitura do último livro de Lucie Tanguy, que nos estimula a refletir sobre nossa sociedade e a sociologia brasileira - da educação e do trabalho -, mesmo considerando as dessemelhanças e diferenças de nossas trajetórias históricas. Refiro-me à pesquisa como atividade social e às relações entre ciência e política. Recuperar as formas de poluição e domesticação da sociologia (Florestan Fernandes), especialmente do trabalho e da educação, é uma das tarefas que nos é imposta por meio da leitura do livro de Lucie Tanguy. Para nós, a história da sociologia permanece, ainda muito frequentemente, como uma história dos autores, temas e teorias gerais. Lucie Tanguy foi além, buscou compreender as fontes nos arquivos que informavam as relações de poder - econômicas e sociais - na constituição de uma disciplina e as trajetórias acadêmicas de seus pesquisadores. Ela "levantou o véu" da produção do conhecimento, procurando sua importância na relação entre educação (formação) e trabalho (produtividade).
Highlight two aspects which the reading of the last book by Lucie Tanguy encourages us to reflect on ourselves, our society and sociology in Brazil - the education and work - even considering the differences and dissimilarities of our historical trajectories. I refer to research as social activity and the relationship between science and politics. Recover the form of pollution and domestication of sociology (Florestan Fernandes), especially in work and education, is one of the tasks imposed on us by reading the book of Lucie Tanguy. For us, the history of sociology still remains too of en, as a story of the authors, themes and general theories. Lucie Tanguy went further, sought sources in the file that tells the relations of power - economic and social - in the constitution of a discipline and the academic trajectories of its researchers. She "lifed the veil" of knowledge production, looking for their importance in the relationship between education (training) and work (productivity).
Metre en exergue deux dimensions tirées de la lecture du dernier livre de Lucie Tanguy est une incitation à réfléchir sur nous-mêmes, notre société et la sociologie brésilienne - de l'éducation et du travail - même en considérant les dissemblances et les différences de nos trajectoires historiques. Je me réfère à la recherche comme activité sociale et aux relations entre science et politique. Récupérer les formes de pollution et de domestication de la sociologie (Florestan Fernandes), particulièrement du travail et de l'éducation, est une des tâches qui nous est imposée par la lecture du livre de Lucie Tanguy. Pour nous, l'histoire de la sociologie reste, encore très fréquemment, comme une histoire des auteurs, thèmes et théories générales. Lucie Tanguy est allée au-delà, elle a cherché à comprendre les sources dans les documents qui informaient des relations de pouvoir - économiques et sociales - dans la constitution d'une discipline et les trajectoires universitaires des chercheurs. Elle a "levé le voile" de la production des connaîssances, cherchant son importance dans la relation entre éducation (formation) et travail (productivité).