OBJETIVOS: estudar a prevalência da colonização por estreptococo do grupo B em gestantes do terceiro trimestre, atendidas em um hospital regional, e avaliar a associação da colonização com as variáveis maternas demográficas e clínicas. MÉTODOS: no período de 8 de outubro de 2002 a 26 de março de 2003, foi realizado um estudo transversal (de prevalência) com 309 gestantes no terceiro trimestre. Amostras de secreção vaginal e anorretal foram coletadas e testadas para identificação presuntiva do estreptococo do grupo B. Foram incluídas as gestantes com gestação maior ou igual a 36 semanas datadas por ultra-sonografia e excluídas as que se recusaram a participar, as em uso de antibioticoterapia e as que haviam sido submetidas a exame ginecológico pelo período mínimo de 24 horas antes da coleta. As gestantes foram caracterizadas por variáveis demográficas (raça, idade, grau de escolaridade, renda familiar e número de gestações) e clínicas (idade gestacional, ocorrência de infecção urinária durante a gestação atual, ruptura prematura de membranas e tempo de bolsa rota, febre materna intraparto, corioamnionite, líquido amniótico com mecônio, via de parto utilizada, febre materna pós-parto e endometrite). RESULTADOS: das gestantes, 46 estavam colonizadas pelo estreptococo do grupo B, sendo que 26 (56,5%) tiveram a cultura vaginal positiva, 8 (17,4%) a cultura anorretal positiva e 12 (26,5%) tiveram tanto a cultura vaginal como a retal positivas. Nenhuma das variáveis analisadas neste estudo foi estatisticamente significativa quanto à colonização pelo estreptococo do grupo B. Os resultados obtidos foram submetidos à análise bivariada pelo teste do chi2 e teste exato de Fisher quando apropriado. CONCLUSÃO: a taxa de prevalência da colonização vaginal e anorretal pelo estreptococo do grupo B em gestantes no terceiro trimestre, foi de 14,9%. Não houve associação entre fatores de risco (primigestação, idade materna inferior a 20 anos e nível sócio econômico baixo) e a prevalência da infecção.
PURPOSE: to study the prevalence of colonization by group B Streptococcus in pregnant women in the last three months of gestation, and to evaluate the association of colonization with demographic and clinical maternal variables. METHODS: from October 8, 2002 to March 26, 2003, a transversal study of prevalence of colonization by group B Streptococcus was carried out in 309 pregnant women in the last three months of gestation. Samples of vaginal and anorectal secretions were collected and were tested for presumptive identification of group B Streptococcus. The pregnant women were studied according to race, age, level of instruction, family income, number of gestations, gestational age, history of urinary tract infection during present pregnancy, premature rupture of membranes and duration of ruptured membranes, intrapartum fever, chorioamnionitis, meconium in the amniotic fluid, spontaneous or cesarean section delivery, postpartum fever, and postpartum endometritis. RESULTS: fourty-six pregnant women were diagnosed with group B Streptococcus: 26 of them (56.5%) had positive vaginal culture, 8 (17.4%) positive anorectal culture and 12 (26.5%) had both vaginal and anorectal positive cultures. None of the maternal variables were statistically significant with respect to group B Streptococcus colonization. The results were submitted to chi2 bivariate analysis and, when appropriate, Fisher's exact test. CONCLUSION: the prevalence rate of vaginal and anorectal colonization by group B Streptococcus in pregnant women in the last three months of gestation, in Londrina - Paraná, was 14.9%.